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Empresa chinesa alugou ilha histórica do Pacífico. Contrato secreto fez disparar alertas

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A China prepara-se para assumir o controlo sobre Tulagi, a pequena ilha no arquipélago das Ilhas Salomão que se transformou em referência histórica por causa da II Guerra Mundial.

Escolhida como base pelos britânicos, a ilha foi atacada e ocupada pelo Japão em maio de 1942, país que aí estabeleceu uma base naval. Agora, a novidade é o facto de uma empresa com sede em Pequim, conhecida por manter laços estreitos com o Partido Comunista Chinês, ter assinado, de acordo com o semanário Expresso, um contrato secreto com o governo provincial do país do Pacífico Sul, documento esse que lhe garante direitos exclusivos para o desenvolvimento de toda a ilha.

A empresa disse em comunicado divulgado quinta-feira que estava comprometida em cooperar com as ilhas Salomão em várias áreas, incluindo comércio, infraestrutura, pesca e turismo.

Jonathan Pryke, diretor do think tank de política externa de Sydney, no programa Pacífico do Instituto Lowy, disse ao Economic Times que não era incomum a China prometer zonas económicas especiais para países em desenvolvimento que estavam desesperados por investimentos.

O acordo de arrendamento desagradou aos moradores de Tulagi, de acordo com o jornal norte-americano The New York Times, e está a preocupar as autoridades norte-americanas, que consideram as cadeias insulares do Pacífico Sul cruciais para manter a China sob controlo e para proteger importantes rotas marítimas.

O movimento é considerado o mais recente exemplo de como a China recorre a promessas de prosperidade para avançar nos seus planos globais, disponibilizando capital e investindo em projetos locais em zonas estratégicas, que mais não são que a forma de as dominar.

ZAP //

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