Emigrantes desiludidos com Marcelo – e fica um aviso sobre mudança no voto

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Julien Warnand / EPA

Marcelo Rebelo de Sousa

Marcelo já ouviu quase todos os líderes dos partidos. Mas a votação dos emigrantes, que pode(ria) mudar o vencedor, ainda está a ser contabilizada.

O presidente da República costuma encontrar-se com líderes dos partidos mais votados logo depois do dia das eleições legislativas, para indigitar o novo primeiro-ministro.

Em 2024 essa tradição repetiu-se, novamente sem esperar pelos resultados dos votos dos emigrantes.

Mas, desta vez, há uma diferença importante: os votos dos emigrantes podem alterar o vencedor. Tirariam a vitória à AD e dariam vitória ao PS, caso os socialistas ficassem com os 4 mandatos que faltam ou se vencessem a AD 3-1 mas com mais votos.

Esse cenário já está mais longe porque é o Chega que deverá ganhar no círculo da Europa e, no total, ficará com 2 deputados em princípio.

Mesmo assim, os emigrantes sentem que Marcelo Rebelo de Sousa não respeitou quem vive no estrangeiro.

O antigo conselheiro das Comunidades Portuguesas, Pedro Rúpio, avisa que o voto dos emigrantes pode passar a ser um voto de protesto, cita a Antena 1.

A verdade é que isso já estará a acontecer: já havia indícios de que o Chega iria vencer entre os emigrantes e isso, para milhares de pessoas (tal como os residentes em Portugal), poderá ser uma forma de protesto contra o sistema.

Os emigrantes estão habituados à falta de consideração mas continuam descontentes, não só por causa desta situação de Marcelo, mas também porque o processo de agilização do voto ainda não foi simplificado.

Pedro Rúpio defende o fim de questões administrativas – que acabam por anular milhares de votos, tal como está a acontecer novamente neste ano, por causa da falta da fotocópia do Cartão de Cidadão.

O antigo conselheiro também acha que deveria haver mais deputados eleitos pelos emigrantes, em vez de apenas quatro.

“Teríamos mais peso político, mais consideração e eventualmente mais respeito por parte das autoridades”, analisou Pedro Rúpio.

Uma das poucas vozes a defender a decisão de Marcelo foi a de Bagão Félix. O antigo ministro disse que o presidente da República está a “ganhar tempo” porque, em Portugal, a lei e o enquadramento eleitoral “são muito arcaicos, demoram muito tempo”.

ZAP //

3 Comments

  1. Marcelo nem respeita os que votam em Portugal…. Como ele pode respeitar quem quer que seja….. O pior presidente da história portuguesa

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  2. O único respeito que Marcelo concebe conceder, é pelos seus objetivos, sempre pouco ortodoxos.
    Como foi possível tanta gente apostar neste traste!

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