Os croissants são os mais traiçoeiros de todos os alimentos

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Porquê? Por três razões. Uma delas é simplesmente o facto de serem demasiado bons.

Entre as várias “batotas” que o cardápio de pastelaria nos apresenta, o croissant pode até nem parecer a pior opção… mas é.

O folhado e amanteigado francês, presença assídua nos cafés, pastelarias e supermercados portugueses, é um dos alimentos mais terríveis e traiçoeiros, já dizia um estudo há trinta anos atrás. Isto porque o croissant é o alimento que menos sacia.

Investigadores da Universidade de Sydney classificaram 38 alimentos comuns de acordo com a saciedade. Os participantes receberam porções de 240 calorias de vários alimentos e os seus níveis de fome foram monitorizados ao longo do tempo.

Os investigadores criaram um Índice de Saciedade, comparando o grau de saciedade de cada alimento em relação ao pão branco — ao qual foi atribuída uma pontuação de referência de 100.

A batata cozida liderou a lista com uma pontuação de 323, seguida por alimentos ricos em fibras e proteínas, como aveia, peixe e maçãs.

Os croissants, no entanto, ficaram em último lugar: são muito piores que bolo, dónutes, bolachas, chocolates, gelados, pipocas, batatas fritas e muitos outros alimentos classificados pelos cientistas.

Mas o que faz do croissant ser tão… insuficiente?

Os especialistas explicam que se deve a alguns fatores críticos. Os croissants são pobres em proteínas e fibras — dois nutrientes essenciais que promovem a saciedade duradoura. São também ricos em gordura e pobres em água, o que os torna calóricos, mas fisicamente leves no estômago. Além disso, o seu sabor e textura deliciosos tornam-nos muito apetitosos — o que pode levar a comer em excesso e sem satisfação.

Já os alimentos com pontuação elevada no índice de saciedade tendem a ser menos processados e ricos em água, fibras ou proteínas. Exemplos incluem aveia (pontuação de 209), ovos (150), pão integral (157) e até pipocas (154). São alimentos que demoram mais tempo a digerir e proporcionam mais volume físico, ajudando a suprimir a fome e a reduzir os desejos entre as refeições.

Três décadas após a sua publicação, o índice de saciedade continua a ser relevante. O ambiente alimentar atual está saturado de opções ultraprocessadas e de baixa saciedade, muitas vezes ricas em açúcar e gordura, mas sem os nutrientes que controlam a fome.

Embora as tendências de bem-estar se concentrem fortemente na contagem de calorias e na força de vontade, a verdadeira chave pode estar na escolha de alimentos que reduzem naturalmente o apetite.

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