Filipe Araújo, candidato à Câmara do Porto e atual vice-presidente da autarquia, terá sido agredido por Vasco Ribeiro, antigo estratega da comunicação de Rui Moreira; e, até esta sexta-feira, responsável pela comunicação da candidatura de Pedro Duarte à Câmara portuense.
Filipe Araújo é o vice-presidente da Câmara do Porto. Número 2 de Rui Moreira.
Vasco Ribeiro foi diretor de campanha de Rui Moreira nas últimas eleições autárquicas, em 2021; e, até janeiro deste ano, foi o seu chefe de gabinete.
Entretanto, Filipe Araújo anunciou a já expectável candidatura à autarquia. Era visto como o sucessor natural de Moreira, na “linha do independentismo”. É candidato pelo movimento independente Fazer à Porto.
Segundo o Público, o ainda PSD tentou convencer, por mais do que uma ocasião, Filipe Araújo a integrar a lista do partido às autárquicas. No entanto, o candidato recusou todas as abordagens. Aliás, um dos lemas de Filipe Araújo na atual campanha é: “Não sou de partidos. Sou do Porto”.
Por seu turno, o especialista em comunicação Vasco Ribeiro, que já havia trabalhado na comunicação das campanhas dos socialistas Nuno Cardoso (1999) e Manuel Pizarro (2013), juntou-se a Pedro Duarte e ao PSD.
Araújo agredido a “murro” por Ribeiro
Não é uma metáfora política. Na noite desta quinta-feira, no festival Primavera Sound, no Porto, Vasco Ribeiro terá agredido a murro Filipe Araújo.
Num comunicado à imprensa, na manhã desta terça-feira, a candidatura de Filipe Araújo denunciou a alegada agressão, escrevendo que a política se faz com ideias, “não com murros”.
“Na noite de ontem, entre concertos do Primavera Sound, Filipe Araújo foi vítima de agressões físicas por parte de Vasco Ribeiro – atual responsável de comunicação da candidatura de Pedro Duarte, do PSD. Num momento em que o país assiste, com preocupação, a um aumento de episódios de violência, não podemos normalizar este tipo de comportamento – sobretudo por parte de quem devia dar o exemplo“, pode ler-se.
O comunicado detalha que, durante o evento, Vasco Ribeiro se aproximou de Filipe Araújo, iniciando uma conversa. “De forma súbita e violenta, agarrou-o e deu-lhe um murro na cara, seguido do lançamento de um copo”.
“Como resultado da agressão, Filipe Araújo sofreu escoriações na cara”. Segundo o Jornal de Notícias, o episódio aconteceu, na tenda VIP do festival, por volta da 1h da manhã.
O matutino escreve ainda que, no mesmo local estavam vários políticos, incluindo outros membros do executivo portuense, que terão visto Vasco Ribeiro a atingir Filipe Araújo com um murro.
“Este não é o Porto que queremos. Nem a política que merecemos. A política serve para unir, não para atacar. Faz-se com ideias, não com murros. Respeita-se quem pensa diferente, não se intimida. Quando se recorre à agressão, é porque já se perdeu a razão“, refere o movimento independente de Filipe Araújo.
Vasco Ribeiro demite-se e nega agressão
Na sequência deste incidente, Vasco Ribeiro pediu demissão do cargo que ocupava na campanha de Pedro Duarte.
Pedro Duarte aceitou a demissão de Vasco Ribeiro, classificando a atitude de “indefensável”.
“Venho, enquanto candidato à Câmara Municipal do Porto, afirmar de forma clara e inequívoca o meu total repúdio por qualquer forma de violência, física ou verbal, no espaço público ou privado. A atitude do diretor de comunicação da minha campanha, Vasco Ribeiro, é indefensável e não reflete, de forma alguma, os valores que defendo nem a postura que quero para esta candidatura e sobretudo para a cidade“, refere Pedro Duarte, num comunicado citado pela Lusa.
Apesar da demissão, Vasco Ribeiro negou, em declarações ao Diário de Notícias, a versão de Filipe Araújo: “Não é verdade aquilo que Filipe Araújo alega. Houve na verdade uma discussão e empurrões, mas estes foram de parte a parte”.
Segundo o expert em comunicação, “a discussão não teve nada a ver com campanha eleitoral e Filipe Araújo sabe bem que não”.
Numa publicação na sua página de Facebook pessoal, Vasco Ribeiro explicou que a “discussão acalorada”, foi em torno de um assunto relacionado com a sua saída da Câmara.
“Nego e repudio categoricamente a acusação que me é feita de agressão gratuita ao Eng. Filipe Araújo. O que ocorreu na noite anterior, e do qual não me orgulho, foi uma discussão acalorada em torno de um antigo assunto relacionado com a minha saída da Câmara Municipal do Porto, que degenerou em insultos e empurrões de parte a parte”, escreveu.
“Embora este episódio nada tenha a ver com a candidatura do Eng. Filipe Araújo e do Dr. Pedro Duarte, entendi, por sentido de responsabilidade, apresentar a minha demissão da direção de campanha (…) Tudo o resto não passa de uma vil tentativa de arrastar para a política aquilo que não é da política, mas sim da honra e da verticalidade com que sempre pautei a minha conduta“, acrescentou.
Vasco Ribeiro escreveu que apresentará queixa pelas agressões de que foi alvo.
Filipe Araújo, por seu turno, também apresentou queixa por ofensas à integridade física; e afirma que não se deixará intimidar: “Não me deixarei condicionar por nada nem por ninguém. Continuarei de pé, com a mesma determinação de sempre, a trabalhar pelo Porto e pelos portuenses”.
Filipe Araújo é o atual presidente da associação cívica Porto, o Nosso Movimento, que apoiou as candidaturas autárquicas de Rui Moreira.
No entanto, o atual autarca portuense não declarou o apoio a Filipe Araújo para as autárquicas deste ano.
Segundo o JN, nos últimos dias, um grupo de cidadãos, entre os quais a irmã e apoiantes de Rui Moreira, formalizaram o movimento “Independentes do Porto”, que tem 700 subscritores e vai apoiar a candidatura de Pedro Duarte.
Provavelmente foi tudo combinado, mas o que é preocupante é não existir nenhum partido ou candidato à Câmara Municipal do Porto (C.M.P.) que seja Portuense, Republicano, anti-liberal, anti-cosmopolita, e esteja ao serviço da Cidade do Porto, dos Portuenses, e do Interesse Portuense; infelizmente o Sr.º Dr.º Rui Rio não se vai candidatar.
Sobre o dr. Filipe Araújo importa dizer que é o candidato do Executivo liberal/maçónico do «Porto, o Nosso Partido/Porto, o Nosso Movimento/Aqui Há Porto» agora reconvertido em «Filipe Araújo Fazer à Porto», é uma candidatura que não representa a Cidade do Porto e os Portuenses, e não tem o apoio dos Portuenses.
O Executivo liberal/maçónico do «Porto, o Nosso Partido/Porto, o Nosso Movimento/Aqui Há Porto» do qual o dr. Filipe Araújo faz parte, representa os interesses do Partido Socialista e governa a Autarquia Portuense com o apoio dos partidos que integram a Assembleia Municipal, representando politicamente o tráfico/consumo de droga e o crime.
Visto que vamos ter eleições, é preciso alterar a Lei Eleitoral neste caso referente às Eleições Autárquicas para que os Estrangeiros e Portugueses que não são naturais das Cidades, Vilas, ou Aldeias, não possam votar nas Eleições Autárquicas, somente os Portugueses naturais das Cidades, Vilas, e Aldeias, é que podem ter direito a voto.
Não podemos ter Estrangeiros a votar porque isso é fraude eleitoral, nem podemos ter Portugueses a votar nas Eleições Autárquicas que não sejam naturais das Cidades, Vilas, ou Aldeias, porque isso significa cometer ingerência nos assuntos internos, políticos, e no modo de vida de cada Município por parte desses Portugueses que não são naturais das respectivas Cidades, Vilas, e Aldeias que o constituem.
Interessante visão da política: pelos vistos, vamos ter no Porto um despique entre “liberais/maçõnicos” e “grunhos/fascistóides”.
Na Autarquia Portuense assim como nas outras Autarquias de Norte a Sul do País o que vamos ter é um «…despique…» entre liberais/maçónicos e liberais/maçónicos – uma disputa entre lojas e obediências maçónicas – distribuídos pelos partidos e movimentos, com os Portugueses naturais das Cidades, Vilas, e Aldeias, reféns dessa situação.
«O liberalismo serve-se da palavra liberdade para encobrir a tirania e o despotismo.» – Roberto Woodhouse