Venda de descartáveis aumenta todos os anos. Compradores pensam na privacidade, mas esquecem-se do resto.
Há cada vez mais pessoas a comprar telemóveis descartáveis. Acham que é uma boa opção a nível de privacidade no mundo digital.
Mas “este símbolo de secretismo tornou-se uma faca de dois gumes: protege a privacidade, mas abre as portas a fraudes“, começa por avisar a NordVPN em comunicado enviado ao ZAP.
As pessoas sentem-se “atraídas” por fugir a telefonemas spam e por fazer compras online em maior segurança, supostamente. O telemóvel, além de descartável, é barato e, supostamente, anónimo.
Só que esse novo número pode rapidamente ser usado por estranhos para golpes de phishing, para ameaçar pessoas.
Isto porque, tal como foi mencionado acima, muitos consumidores utilizam os telemóveis descartáveis para se inscreverem em sites de compras e aplicações de descontos. Ao fazerem isso, os seus dados passam para comerciantes e terceiros, transformando o seu número “privado” num alvo público.
Sobretudo os mais novos, que pegam em descartáveis muitas vezes para fazer pagamentos móveis e associam-nos a aplicações adicionais.
Um telemóvel descartável mal protegido pode tornar-se facilmente um dispositivo de rastreio.
Os telemóveis descartáveis têm desvantagens: hardware de baixa qualidade, não têm funções de segurança fortes e oferecem uma funcionalidade limitada.
Ou seja, sugere Adrianus Warmenhoven, especialista em cibersegurança da NordVPN, os telemóveis descartáveis só devem ser usados para mensagens de texto e chamadas de emergência.
“Utilizá-los como a Geração Z costuma fazer, instalando aplicações adicionais, associando contas ou adicionando métodos de pagamento, vai completamente contra o objetivo. É um erro, porque, em apenas alguns dias, os seus padrões de utilização podem ser comparados, tornando o telemóvel rastreável e o utilizador vulnerável”, avisa.