A procura incessante pelo “elixir da vida” levou à morte do primeiro imperador chinês, Qin Shi Huang — e deu origem ao Exército de Terracota.
O elixir da vida, também conhecido como elixir da imortalidade, é um mito histórico de uma bebida que alegadamente revertia o envelhecimento e tornava imortais as pessoas que a bebessem.
Os antigos magos acreditavam poder recolher as energias vitais e concentrá-las num medicamento universal que manteria o corpo jovem e são, com o objetivo de prolongar a vida de alguns sortudos.
Iludidos com a promessa de uma vida eterna, muitas pessoas ao longo da história beberam supostos “elixires da juventude”. Se em alguns casos, a poção não surtia qualquer tipo de efeito na pessoa, noutros casos era pior a emenda que o soneto.
Que o diga Qin Shi Huang, o primeiro imperador da China, que unificou a China e ordenou a construção da Muralha da China. O imperador, lembrado como um tirano autocrático, morreu dos efeitos tóxicos de consumir um elixir, que era feito de mercúrio.
O seu medo de morrer foi aquilo que acabou por levar à sua morte. Nos últimos dez anos da sua vida, Qin ordenou que todos os eruditos, mágicos e sábios da nação procurassem incansavelmente um elixir da imortalidade.
Quando o imperador ouviu boatos de que os alquimistas que lhe prometeram o elixir estavam a enganá-lo, Qin Shi Huang ficou furioso. Segundo o Ancient-Origins, 460 dos homens mais sábios do reino foram enterrados vivos numa grande cova.
O imperador morreu no ano de 210 aC, numa altura em que estava a tomar uns comprimidos que um dos seus alquimistas tinha prometido que o tornariam imortal. Estes estavam carregados de mercúrio, um ingrediente comum em vários elixires chineses, mas que só séculos depois se descobriu ser altamente prejudicial para a saúde.
O imperador, que conquistou os seis reinos que integravam a China, dando forma ao país como o conhecemos hoje, morreu aos 49 anos, segundo historiadores.
Qin construiu a Grande Muralha da China, forjou um vasto império — impondo sistemas únicos de escrita, dinheiro, pesos e medidas e construindo canais e estradas — e ordenou que um exército “eterno” de guerreiros o acompanhasse para o Além.
Foi assim que os seus súbditos construíram o formidável Exército de Terracota, explica a BBC, uma coleção de esculturas de 8 mil soldados que foram enterrados com o imperador.
Chamem os marretas