Apesar de estarem na mesma península, Portugal e Espanha apresentam números muito diferentes. O El País destaca que Portugal “atuou antes” e declarou estado de emergência sem mortes e com uma centena de casos positivos.
Este domingo, o diário El País publicou um artigo no qual questiona o Governo espanhol sobre os motivos que explicam as diferenças nos números de covid-19 entre Portugal e Espanha.
Espanha conta com mais de 26 mil mortes devido ao novo coronavírus e Portugal com cinco vezes menos mortes por habitante.O diário espanhol questiona como é possível a pandemia ter provocado muito menos mortes em Portugal do que em Espanha, não tendo imposto “em nenhum momento” quarentena obrigatória à população em geral.
No artigo, o El País cita peritos “de um e outro lado da fronteira” e aponta “vários fatores, como o menor trânsito de viajantes (especialmente de Itália)”, ainda que a principal razão destacada seja o facto de “os lusos terem atuado antes“.
Além disso, Portugal “teve tempo de ver o que se passava noutros países, e com uma centena de casos positivos e sem mortes, declararam estado de emergência, algo que Espanha só decidiu decretar quando já registava 4.209 positivos e 120 falecidos”.
A epidemiologista Rita Sá Machado, com quem o El País falou, refere que foi fundamental “a antecipação e aplicação precoce de medidas de saúde pública, como o encerramento das escolas”, anunciado a 12 de março. Uma semana depois foi decretado estado de emergência em Portugal, o que também se revelou muito importante pela “variedade de medidas aplicadas”.
Alberto Infante, outro epidemiologista citado no artigo, refere que “Portugal teve a sorte de ver o que se passava em Espanha e Itália e o acerto em tomar medidas quando a epidemia estava a começar”. Além disso, acrescenta que não ter um sistema de autonomias regionais e ter havido a mesma mensagem desde o início, tanto do Governo como da oposição, facilitou a implementação das medidas e o bom resultado das mesmas.
No entanto, o El País destaca que Portugal “não é um exemplo perfeito“, ocupando o 9.º lugar em mortes por um milhão de habitantes entre os 27 países da União Europeia, e o 6º em número de contágios.
Os números portugueses “também não são melhores do que algumas comunidades autónomas espanholas”, nomeadamente nas ilhas Canárias e de Murcia, que “têm menos casos e mortes por 100 mil habitantes do que Portugal”.
“A pandemia não é uma competição entre países para ver quem faz melhor”, frisa o diário espanhol, concluindo que, ainda assim, “pode servir para aprender”.
Coronavírus / Covid-19
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Os portugueses foram mais responsáveis. Ainda o governo queria manter tudo em normal funcionamento e já os portugueses estavam barricados em casa. Ainda o governo não tinha fechado as fronteiras e os portugueses já não iam para lado nenhum. Ainda o governo não tinha recomendado o uso de máscaras e já o povo andava todo mascarado. Enfim, o povo foi o que nos valeu!
A meu verhá duas grandes razões para isso:
1_
_O Ministro da Saúde espanhol é um politico, com formação em Filosofia e Economia…………(Salvador Illa Roca_Inició sus estudios en el colegio Escola Pia de Granollers.2 Realizó sus estudios superiores en la Universidad de Barcelona, donde se licenció en Filosofía entre 1984 y 1989.34 Al mismo tiempo, cumplió el servicio militar, graduándose como alférez en una compañía del Cuartel del Bruc.5 Illa también estudió un máster en Economía y Dirección de Empresas en el IESE – Universidad de Navarra.5).
_A Ministra da Saúde portuguesa é Médica………..(Marta Alexandra Fartura Braga Temido de Almeida Simões nasceu em Coimbra em 1974. É Doutorada em Saúde Internacional, pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, detendo um Mestrado em Gestão e Economia da Saúde, pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, e Licenciatura em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.)
……….Esta diferença nas suas formações profissionais dita necessáriamente diferentes pontos de vista no modo de combater uma epidemia como a que vivemos………..
2_
A comunidade médica internacional já se apercebeu que em África, apesar das defecientes condições de vida da sua população, esta epidemia não se alastrou como previam, de facto o numero de infectados e falecidos é ridiculamente baixo. A razão, pensam, está em que estas populações têm incluida no seu programa nacional de vacinações a vacina da BCG.
Na Europa, os países mais atacados são aqueles que desde há muitos anos foi retirada esta vacina do seu programa de vacinação. Portugal só recentemente, 2015, retirou esta vacina do seu programa. Esta pode ser uma das fortes razões pela qual Portugal não foi tão atacado por este virus. Note-se tambem que a maior quantidade de falecidos está entre as pessoas internadas em lares, idosos, os quais padeciam de outras enfermidades e que provavelmente a vacina da BCG que seguramente tomaram quando novos já não faria grande efeito.