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Efacec está em falência técnica (dois anos depois de ter sido nacionalizada)

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(dr) efacec.pt

A Efacec apresentou um prejuízo líquido de 55 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, o que coloca a empresa que foi nacionalizada em 2020, em situação de falência técnica.

No final de Julho de 2022, o capital próprio da Efacec era de 54 milhões de euros enquanto os prejuízos consolidados apresentados no primeiro semestre deste ano foram de 55 milhões de euros, segundo dados apurados pelo jornal online Eco.

Estes números colocam a empresa em falência técnica.

Nos primeiros seis meses de 2022, a empresa teve vendas da ordem dos 80 milhões de euros, menos 53 milhões do que as registadas no mesmo período em 2021, ainda de acordo com o mesmo jornal.

Nesta altura, a dívida da Efacec já ultrapassa os 220 milhões de euros, com um passivo a fornecedores da ordem dos 83 milhões de euros.

O Estado está a tentar reprivatizar a Efacec desde Julho de 2020 depois de ter nacionalizado 71,73% da empresa. Nesse mesmo ano, recorreu a um empréstimo de 70 milhões de euros com o aval do Banco de Fomento.

Em 2021, obteve novo empréstimo junto da Caixa Geral de Depósitos, do Millennium BCP e do Novo Banco, desta vez de 45 milhões de euros, com uma garantia do Estado a 80%, ao abrigo da Linha de Apoio à Economia Covid-19.

O processo de venda da Efacec à construtora DST, efectivado em Março deste ano, está pendente da aprovação da Comissão Europeia.

A DST comprou a Efacec graças a um empréstimo de 100 milhões de euros a 20 anos, tendo injectado 60 milhões de euros na empresa com recursos financiados pelo Banco do Fomento.

O CEO da Efacec, Ângelo Ramalho, explica a difícil situação financeira com “a impossibilidade de obtenção de apoios à actividade das empresas do grupo, nomeadamente no que se refere a instrumentos de TradeFinance”, apontando que isso “tem impedido a obtenção de encomendas e a execução de entrega de projectos”, como se pode ler no Relatório e Contas que é citado pelo Eco.

ZAP //

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11 Comments

  1. É este o problema de tudo o que vai parar às mãos do Estado:

    A TAP foi vendida, mas o Tosta insistiu que passasse novamente para as mãos do Estado. Esteve quase falida, mas se fosse privada, esse problema não seria nosso…
    Neste momento e depois de muitos milhares de milhões dos nossos impostos queimados, afinal, é para ser privatizada novamente.

    O caso da Efacec é parecido, porque esteve quase falida e numa situação normal, os accionistas teriam que suportar o buraco. O Estado interveio e agora, continua falida, mas somos nós que vamos pagar a conta…
    Aguenta, Zé!

  2. Não se percebe como uma empresa que gera cerca de 160 milhões de faturação é motivo de apoio do estado…
    Muitas empresas tem volumes de faturação iguais ou até maiores e “caem” sendo o estado um dos fatores dessa queda pois exige pagamento dos seus créditos…
    podem dizem que tem know how relevante mas na verdade são várias as empresas a produzir paineis solares em portugal e transformadores não falta quem venda…

  3. Em 2021, obteve novo empréstimo junto da Caixa Geral de Depósitos, do Millennium BCP e do Novo Banco, desta vez de 45 milhões de euros, com uma garantia do Estado a 80%, ao abrigo da Linha de Apoio à Economia Covid-19.

    E assim vamos :/

    Ai se os gestores bancários destas contas, incluso da DST, pudessem falar rsrsrs

  4. A efacec foi comprada em 2015 pela empresária IS conhecida por esconder o dinheiro que recebia do Fundo Soberano de Angola em off-shores, com o apoio de personalidades portuguesas que nem sequer estão hoje a ser questionadas pela justiça portuguesa. Aparentemente a empresária injectou na empresa cerca de 200 milhões de euro. Ao longo da sua vigência sacou mais de 400 milhões em negócios cruzados com outras empresas suas, ocultando esses milhões em paraísos fiscais. Em todo esse processo até hoje o CEO foi sempre o mesmo.
    Sendo assim, será bom saber:
    1 O que esconde o ministro Pedro Nuno Santos?
    2O que esconde o Costa no meio deste processo?
    3 Onde está o comentador Marcelo?

  5. E era uma empresa tão vigorosa! Que saudades do tempo em que se trabalhava com brio em vez de subcontratar, comprar material barato e ter uns CEOs de montinho castanho, para não falar na prostituta angolana (palavras da irmã dela, não minhas). É o que dá quando se inverte a pirâmide da sustentabilidade.

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