Barão dos media detido por suspeitas de fraude

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Jacques Rodrigues, dono do grupo Impala, responsável por revistas como a Maria e a Nova Gente, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeitas de crimes de burla qualificada, corrupção e insolvência dolosa.

De acordo com a CNN Portugal, estão a decorrer buscas na sede do grupo Impala, em Ranholas, e em empresas e habitações particulares, no âmbito da chamada Operação “Última Edição”.

A mesma fonte revelou que o filho do empresário, que tem o mesmo nome, foi também detido, bem como um advogado e um revisor oficial de contas.

O barão dos media é suspeito de crimes relacionados com a insolvência dolosa de sociedades onde acumulou uma gigantesca fraude na ordem dos 100 milhões de euros, para se eximir a dívidas do mesmo valor a credores, repartidas entre trabalhadores das empresas – entre eles jornalistas – e o Estado.

Os valores em dívida são publicados há vários anos, tendo em conta os litígios judiciais entre Jacques Rodrigues e muitos dos lesados. Terá contado, para o efeito, com cúmplices, alguns dos quais detidos esta manhã pela PJ.

Segundo um comunicado da PJ, em causa está uma investigação criminal “cujo objeto visa um plano criminoso traçado para, entre o mais, ocultar a dissipação de património, através da adulteração de elementos contabilísticos de diversas empresas, em claro prejuízo de diversos credores, v.g., os trabalhadores, fornecedores e o Estado”.

Segundo a Sábado, um grupo de 27 credores/trabalhadores da Descobrirpress, a dona do grupo de media Impala, já tinha alegado em fevereiro de 2022 que a empresa omitiu que em 2020 fez um despedimento coletivo.

Segundo a CNN Portugal, o esquema em causa passaria pela manipulação da contabilidade de várias empresas, de forma a ocultar e dissipar devidos aos credores do empresário que há anos foi declarado como insolvente a título pessoal, apesar dos elevados sinais exteriores de riqueza.

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