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Dois chefes da ETA detidos em França

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EPA / EFE

Iratxe Sorzabal e David Pla, dois líderes do grupo terrorista ETA, que foram detidos em França

Iratxe Sorzabal e David Pla, dois líderes do grupo terrorista ETA, que foram detidos em França

Em colaboração com a Guarda Civil, a polícia francesa deteve esta terça-feira dois chefes do grupo terrorista espanhol ETA no sul de França.

A detenção ocorreu na manhã desta terça-feira, depois da operação levada a cabo numa casa rural localizada em Saint-Étienne-de-Baïgorry, no sul de França, avança o El País.

As autoridades francesas, juntamente com a Guarda Civil, prenderam David Pla e Iratxe Sorzabal, dois dos atuais líderes do grupo terrorista.

Apesar de o Ministério do Interior ter apenas confirmado duas detenções, o ministro Jorge Fernández Díaz disse, em Bruxelas, que foram quatro pessoas detidas.

“São a cúpula política da ETA, os dirigentes máximos e os mais procurados”, informou sobre os dois chefes capturados esta manhã, que encabeçavam a organização com Josu Ternera.

Chegou a pensar-se que entre os detidos estava o próprio Ternera, no entanto, essa hipótese já foi desmentida.

De acordo com o jornal espanhol, entre os outros detidos está o responsável da casa na qual se encontravam os líderes do grupo terrorista.

A operação já estava há muito organizada, sendo que os agentes vigiaram a residência durante dias porque já tinham a informação de que a organização se iria reunir naquele local.

A polícia espanhola considera que são menos de seis os membros do grupo que se encontram ainda a viver de forma clandestina em França.

Pla, de 40 anos, e Sorzabal, com 43, já acumulavam várias ordens de busca e detenção e foram dois dos três membros que, em 2011, terão lido o último comunicado da ETA, no qual fechavam 40 anos da sua atividade terrorista.

O ministro espanhol felicitou a Guarda Civil espanhola e agradeceu a colaboração das autoridades francesas nesta operação.

Apesar de acreditar que a ETA nunca vai emitir um comunicado de dissolução, o ministro Jorge Fernández Díaz considera que esta foi a passagem de uma “página negra”.

ZAP

1 Comment

  1. De contornos políticos diferentes pelo que se sabe do ideário, do “manifesto”, da clandestinidade e teor terrorista puro da acção, lembra o “célebre grupo” FP25ABR (1980~87) !?!
    A “filha da mãe” da memória é futura… Condenados?
    -Decorria o ano 1996, a Assembleia da República cede ao apelo de Mário Soares (a popucos dias de terminar o seu último mandato de presidnte da república) aprovando a amnistia, o perdão das penas que pendiam sobre os implicados das FP-25 – investigação à custa de arrependidos. A lei que Soares promulgou, contou com os votos contra do PSD e CDS. Obviamente.

    http://www.ionline.pt/387774/A-hist%C3%B3ria-das-FP-25-de-Abril-contada-pelos-familiares-das-v%C3%ADtimas

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