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“Monumento em papel”. Divulgados 26 milhões de documentos sobre as vítimas dos nazis

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Um total de 26 milhões de documentos do Arquivo Arolsen, a grande maioria da coleção histórica mais completa sobre as vítimas da perseguição nazi, está totalmente acessível na Internet.

O projeto digital tem agora informações sobre 21 milhões de pessoas vítimas de trabalho forçado, deportações ou campos de concentração e extermínio, graças aos seus próprios fundos e às contribuições significativas feitas através de acordos alcançados nos últimos meses.

Entre as mais recentes adições, destacam-se os arquivos com cartões de identificação de trabalhadores forçados do regime nazi.

Também foi incluído o registo de deportações de judeus e ciganos, que inclui listas de pessoas forçadas a mudar-se para campos de concentração e guetos no antigo Império Alemão, Áustria, Boémia e Morávia.

De acordo com o jornal espanhol ABC, o grande “marco” para o Arquivo Arolsen foi a inclusão da documentação da Memória do Mundo da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Muitos documentos são indexados pelos nomes das pessoas afetadas e pelos nomes dos locais onde os eventos ocorreram.

A profundidade de alguns registos é de especial interesse para os historiadores, uma vez que, por vezes, inclui uma lista de todos os pertences que os nazis roubaram às suas vítimas.

De acordo com um comunicado da organização, anteriormente conhecida como International Search Service, este é um “notável” e “único monumento em papel”.

O projeto de digitalização começou em maio de 2019, quando a organização publicou 13 milhões de documentos na Internet. Posteriormente, graças a acordos com outras instituições e suporte técnico do Centro de Comemoração do Yad Vashem World Shoah (Holocausto), continuou a expandir a sua coleção online.

ZAP //

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