Diretor nacional da Easyjet diz que empresa não deve operar até final de maio

O diretor da Easyjet em Portugal, José Lopes, disse na segunda-feira que a companhia aérea ‘lowcost’ não deverá operar “até ao final do mês de maio”.

“Ainda não temos data [para voltar a operar]. Sinceramente, não espero que até ao final do mês de maio existam condições para podermos voltar a operar (…). Poucos são os hotéis que vão abrir em maio, a grande maioria abre em junho. Até final de junho espera-se que 75% da oferta hoteleira já estará aberta”, avançou o responsável, em entrevista à RTP3, citada pelo Observador.

José Lopes indicou que a data de retoma da atividade vai depender de diversos fatores, para “organizar o sistema” de forma a adequar a oferta ao que for decidido a nível de saúde pública. A Easyjet aguarda também orientações da Agência Europeia de Segurança sobre as regras de saúde a bordo.

Segundo o diretor, é “quase impossível operar de forma eficiente economicamente uma aeronave com limitação de capacidade, seja ela qual for”. Os inquéritos, continuou, têm mostrado que “existe pouca disponibilidade de as pessoas gastarem dinheiro no turismo neste momento”, pelo que é preciso “estimular” a procura. “Numa fase inicial, dificilmente os aviões se encherão”.

Em Portugal, a empresa tem 340 trabalhadores em layoff (14 mil na Europa – o equivalente a 95% da força de trabalho). Em termos de frota global, tem 350 aviões em terra.

O responsável adiantou que a Easyjet já identificou os “tipos de tráfego que, primordialmente, nos parecem mais resilientes” e que vão permitir “fazer voos de teste”. No caso português, a rota Lisboa-Funchal “é a rota doméstica mais forte a nível aeronáutico” e deverá ser a que vai arrancar “numa primeira fase”.

Sobre se a empresa vai pedir mais ajudas ao Estado além do ‘layoff’, referiu que a indústria “foi afetada de forma muito forte e aquilo que nos espera é um largo período de incerteza”. “Esta retoma não vai ser à semelhança de crises anteriores, do 0 para 100 automaticamente. Vai ser longa e penosa” e “não esperamos que até ao inverno se consiga uma retoma a 100%”, apontou ainda.

A Easyjet teve acesso a um empréstimo do Banco de Inglaterra no início da crise. “Temos garantias que podemos estar, no máximo, 9 meses parados, no pior cenário possível”.

ZAP //

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