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Demissão em bloco no Turismo do Porto e Norte após detenção do presidente

Três dos cinco elementos da comissão executiva do Turismo do Porto e Norte de Portugal apresentaram a sua demissão.

Três dos cinco elementos da comissão executiva do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) apresentaram esta quarta-feira a sua demissão, provocando a marcação de eleições antecipadas para 18 de janeiro. O presidente da mesa da assembleia geral, Eduardo Vítor Rodrigues, também apresentou a demissão, pelo que aquele órgão também vai a votos na mesma data.

O presidente da Comissão Executiva da TPNP, Melchior Moreira, que foi detido em outubro, está atualmente em prisão preventiva no âmbito da Operação Éter, uma investigação em curso da Polícia Judiciária sobre uma alegada viciação de procedimentos de contratação pública que culminou com a indiciação de cinco arguidos.

Entre os restantes quatro arguidos encontra-se Isabel Castro, diretora operacional do TPNP, que ficou suspensa de funções e com proibição de contactos, e Gabriela Escobar, jurista na mesma entidade, que ficou sujeita a proibição de contactos. Nenhum, exceto Melchior Moreira, está em prisão preventiva.

Eduardo Vítor Rodrigues afirmou que a votação do orçamento para 2019 ficou suspensa em resultado da queda da direção.

“Apresentei uma proposta para que fosse suspensa a votação por não fazer sentido que se votasse um plano para 2019 quando vai haver eleições. Deve ser a nova direção a apresentar um orçamento no qual se reveja e não ser confrontada com um previamente aprovado”, disse, adiantando que esta sugestão foi aprovada por unanimidade.

A decisão foi comunicada aos jornalistas no final de uma assembleia geral na quarta-feira na sede da TPNP em Viana do Castelo. Eduardo Vítor Rodrigues revelou que as demissões foram apresentadas pelos presidentes das câmaras de Santa Maria da Feira e Vila Real e pelo representante da ARESPH, que integram a comissão executiva do TPNP.

O responsável explicou que com estas três demissões e a ausência de Melchior Moreira o órgão cai por falta de quórum. O vice-presidente do TPNP, Jorge Magalhães, que na ausência de Melchior Moreira estava a conduzir internamente os destinos da instituição, não apresentou a sua demissão.

ZAP // Lusa

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