O Ministério das Finanças indica que a verba recebida este ano em maio está perto de se esgotar. Foram gastos dois mil milhões de euros a apoiar a economia e os cidadãos.
A Comissão Europeia emprestou 5,4 mil milhões de euros a Portugal ao abrigo do SURE, um programa criado no início da crise pandémica para apoiar o emprego e financiar medidas covid.
Desse montante, 2,4 mil milhões de euros foram recebidos em maio deste ano e já foi gasto 83% – cerca de dois mil milhões de euros -, estando perto de se esgotar essa verba.
“Em 2021, Portugal reviu em alta o valor pedido para 2,4 mil milhões”, revela o Ministério das Finanças esta terça-feira num balanço do SURE, especificando que “deste valor, até junho, cerca de dois mil milhões já foram executados“, revela o gabinete de João Leão ao ECO.
No total, Portugal recebeu 5,4 mil milhões de euros dos 5,9 mil milhões pedidos à Comissão Europeia, sendo que três mil milhões foram executados no ano passado.
Este ano falta executar 400 milhões de euros da verba reforçada recebida em maio. Os restantes 500 milhões de euros deverão ser emprestados por Bruxelas para Lisboa no próximo ano.
As verbas do SURE ajudaram a financiar medidas como o lay-off simplificado e o apoio à retoma progressiva (e respetivas isenções da Taxa Social Única), assim como o incentivo extraordinário à retoma da atividade.
Além disso, foi utilizado para pagar o “prémio” dado aos profissionais do Serviço Nacional de Saúde que tinha sido decidido pelo Orçamento Suplementar.