Dinamarca mantém vacina da AstraZeneca suspensa mais três semanas

Fred Tanneau / AFP

A Dinamarca anunciou, esta quinta-feira, que vai manter a suspensão da vacina da AstraZeneca durante mais três semanas, apesar de ter sido declarada “segura e eficaz” pelo regulador europeu e pela Organização Mundial de Saúde.

“Hoje decidimos estender a suspensão durante três semanas“, afirmou o diretor da Agência Nacional de Saúde da Dinamarca, Søren Brostrøm, em conferência de imprensa, explicando que o país precisa de “mais tempo” para excluir inteiramente uma ligação entre os casos conhecidos de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas e a vacina da AstraZeneca.

A Dinamarca interrompeu o uso deste fármaco como medida de precaução a 11 de março, depois de tomar conhecimento de que uma mulher, de 60 anos, morreu com coágulos sanguíneos em várias partes do corpo uma semana depois de ter recebido a vacina.

A morte de uma segunda pessoa na Dinamarca, após receber a vacina da AstraZeneca, foi relatada pouco depois, embora as autoridades de saúde dinamarquesas tenham admitido não haver provas de que a vacina foi responsável por qualquer uma das mortes.

Quase duas dezenas de países europeus – entre os quais Portugal, Espanha, França, Itália, Irlanda, Países Baixos, Alemanha, Islândia, Noruega ou Bulgária – e vários outros noutros continentes suspenderam, durante alguns dias, o uso desta vacina contra a covid-19.

A decisão em território português, três dias depois da suspensão, foi anunciada pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pela task-force que coordena o plano de vacinação contra a covid-19.

A suspensão já foi levantada por quase todos os países, depois de o grupo farmacêutico anglo-sueco ter garantido não haver “qualquer prova da existência de um risco aumentado” de se verificarem coágulos sanguíneos causados pela sua vacina, posição depois secundada pela Organização Mundial de Saúde.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) também concluiu que a vacina da AstraZeneca “é segura e eficaz” e garantiu que não está associada aos casos de coágulos sanguíneos detetados que levaram à suspensão do seu uso.

ZAP // Lusa

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