A diretora-geral da Saúde afirmou, esta quarta-feira, que não há evidência científica que as desinfeções de vias e espaços públicos sejam eficazes contra o contágio pelo novo coronavírus.
“Para a doença Covid-19 não há nenhuma evidência científica que as desinfeções sejam eficazes e portanto não é uma medida que se recomende”, afirmou Graças Freitas na conferência de imprensa diária no Ministério da Saúde, em Lisboa.
Para a diretora-geral da Saúde, “não é prioritário ter trabalhadores a desinfetar ruas”, para combater o contágio pelo novo coronavírus, como acontece em algumas autarquias, porque não há qualquer certeza que tenha influência.
“O que vai travar a Covid-19 é estarmos distantes uns dos outros“, frisou ainda.
Várias autarquias de norte a sul do país iniciaram há vários dias trabalhos de lavagem e desinfeção preventiva nas vias e nos espaços públicos dos respetivos concelhos, numa tentativa de minimizar os riscos de contágio.
De acordo com o jornal Observador, uma das ações de desinfeção em maior escala foi levada a cabo pela Comunidade Intermunicipal do Oeste, que anunciou a desinfeção dos doze concelhos.
No comunicado em que a medida foi anunciada, os autarcas dizem que a desinfeção foi decidida “tendo por base as recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS) e da Autoridade de Saúde Local”.
Contactado pelo jornal online, o presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Paulo Inácio, confirmou que “a autoridade local de saúde recomendou e validou” a medida, ou seja, o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Oeste Norte, da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo.
ZAP // Lusa