O número de infectados com Covid-19 em Portugal ascende já a 2995, com o aparecimento de 633 novos casos, o que constitui um aumento de cerca de 27% relativamente à véspera. O número de mortes subiu de 22 para 43, registando-se o mesmo número de 22 recuperados.
O boletim divulgado pela Direcção Geral de Saúde (DGS) nesta quarta-feira dá nota de 2995 infectados, mais 633 casos relativamente a terça-feira. Um aumento de cerca de 27%, com o norte a manter-se na frente com o maior número de casos, com 1517, seguindo-se a zona de Lisboa com 992.
O número de mortes subiu de 22 para 43, com destaque para a zona norte, com 20 falecimentos. A zona centro tem 10 mortes e a zona de Lisboa tem 12.
Entre as pessoas falecidas, 30 eram homens, 13 dos quais com mais de 80 anos, 14 com idades entre 60 e 79, e 3 com idades entre 50 e 59 anos. Uma das mulheres falecidas tinha entre 50 e 59 anos e as restantes mais de 80 anos (12).
Os pacientes recuperados continuam a ser 22, sendo maioritariamente da zona de Lisboa.
Entre os infectados, 276 pessoas estão internadas, das quais 61 em Unidades de Cuidados Intensivos.
Enfermeira do IPO infectada trabalhou uma semana com sintomas
Uma enfermeira-chefe do serviço de análises do IPO (Instituto Português de Oncologia) do Porto está entre os infectados com coronavírus. A mulher esteve a trabalhar durante cerca de uma semana, apesar de apresentar sintomas como febre e dificuldades respiratórias que são associados à Covid-19.
O presidente do Conselho de Administração do IPO do Porto, Rui Henrique, confirmou à TSF que a enfermeira é um caso positivo de coronavírus. Ela terá desvalorizado os sintomas que apresentava, considerando que era uma mera constipação, e continuou a trabalhar.
“É uma enfermeira com posições de gestão e que não está a prestar cuidados directos aos pacientes”, refere Rui Henrique, salientando que os profissionais que “contactaram com ela” foram analisados. “Se houvesse doentes potencialmente envolvidos, teríamos exactamente o mesmo procedimento”, frisa.
Há outra enfermeira do serviço de análises do IPO infectada e ainda o caso de uma outra enfermeira com um resultado positivo, noutro serviço, que deixou toda a equipa do Bloco central do hospital de quarentena.