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DGS avisa que limpar grandes superfícies com desinfetante não é eficaz

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Miguel A. Lopes / Lusa

A diretora-geral de Saúde, Graça Freitas

A utilização de produtos específicos para eliminar o vírus de grandes superfícies, como ruas, não é recomendada porque não é eficaz e tem efeitos negativos na saúde das pessoas e ambiente, disse hoje a diretora-geral da Saúde.

“Não está provado que seja eficaz utilizar desinfetantes em grandes superfícies, como ruas, mas pelo contrário não terá grande eficácia com o vírus. Aliás, numa grande superfície, como estradas, ruas ou passeios, a probabilidade de lá existir este tipo de vírus é pequena, dado o tipo de transmissão, que teria de passar de uma pessoa infetada para o solo”, afirmou Graça Freitas, na conferência de imprensa relativa à pandemia da covid-19.

E, como alguns produtos que são utilizados podem ter efeitos negativos não só no ambiente, mas na saúde das pessoas, a DGS não recomenda a sua utilização, vincou. Contudo, algo diferente são as medidas de limpezas habituais das câmaras com métodos habituais. “Contra a higienização da via pública não temos nada contra”, realçou.

Além disso, Graça Freitas explicou que a desinfeção de superfícies, como mesas, armários ou equipamentos, onde o vírus possa existir em grandes quantidades é indicada e não tem efeitos contraindicados.

Pulverizar ou fumigar desinfetante nas ruas, como alguns países estão a fazer para combater a pandemia de covid-19, não elimina o vírus e coloca riscos sanitários, advertiu a Organização Mundial de Saúde (OMS), no sábado.

“A pulverização ou fumigação de espaços exteriores, como ruas ou mercados, não é recomendada para destruir o novo coronavírus ou outros agentes patogénicos porque é inativada pela sujidade“, explica a OMS num documento sobre a limpeza e desinfeção das superfícies no quadro do combate à pandemia.

A OMS acrescenta que “mesmo em caso de ausência de matérias orgânicas, é pouco provável que a pulverização química cubra corretamente todas as superfícies durante o tempo de contacto necessário para inativar os agentes patogénicos”.

// Lusa

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1 Comment

  1. É este tipo de informações e contra informações ambíguas, que gera a desconfiança e descrédito. Não tendo a certeza de o que se deve ou não fazer, prefiro optar por uma assiduidade em relação a Hygiène de superficies inertes e uma assepsia eficaz das mãos !

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