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Deutsche Bank vai pagar 7,2 mil milhões à justiça americana

O Deutsche Bank acordou pagar 7,2 mil milhões de dólares para encerrar o caso com o Departamento de Justiça sobre o seu papel na crise imobiliária iniciada nos EUA em 2007, informou esta sexta-feira a entidade financeira em comunicado.

O pagamento de 7,2 mil milhões de dólares (6,8 milhões de euros) inclui um multa no valor de 3,1 mil milhões de dólares sobre o seu papel na crise do ‘subprime’ (créditos imobiliários de baixa qualidade) e outros 4,1 mil milhões de dólares como forma de “alívio aos consumidores”, incluindo por exemplo a revisão das condições dos empréstimos já acordados.

De acordo com o Observador, apenas 3,1 mil milhões de dólares serão pagos em dinheiro, tendo impacto imediato na situação financeira do banco. A restantes multa será paga de forma gradual a um fundo de apoio ao consumidor criado pelas autoridades norte-americanas.

As autoridades norte-americanas tinham anunciado em setembro que reivindicavam 14 mil milhões de dólares ao Deutsche Bank, acusado de vender, com total conhecimento de causa entre 2006 e 2008, créditos imobiliários tóxicos convertidos em produtos financeiros.

O banco com sede em Frankfurt, no oeste da Alemanha, tinha assegurado “não ter a intenção” de pagar esse montante.

Credit Suisse também vai pagar multa aos EUA

O Credit Suisse vai pagar 5,28 mil milhões de dólares (4,93 mil milhões de euros) no âmbito de um acordo com a justiça norte-americana para resolver o litígio na sequência da crise do ‘subprime’.

“Segundo os termos do acordo, o Credit Suisse deverá pagar ao Departamento de Justiça norte-americano uma multa de 2,48 mil milhões de dólares”, informou o banco suíço em comunicado.

“Além disso, o Credit Suisse deverá proporcionar aos consumidores “medidas de alívio no valor de 2,8 mil milhões de dólares, nos cinco anos a seguir ao acordo”, acrescentou.

Ambos os acordos agora dados a conhecer pelo Deutsche Bank e pelo Credit Suisse são apenas acordos de princípio – os termos finais ainda estarão a ser negociados pela justiça norte-americana.

ZAP // Lusa

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