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Detidos suspeitos de prepararem atentado a dias das Presidenciais em França

Ian Langsdon / EPA

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Dois homens de 23 e 29 anos, suspeitos de prepararem um atentado “iminente”, foram detidos esta terça-feira em Marselha, no sul de França, cinco dias antes da primeira volta das eleições presidenciais, indicaram fontes próximas do inquérito.

Os dois homens são “suspeitos de uma iminente passagem à ação”, precisou uma das fontes.

Os suspeitos foram detidos pelos serviços de informação internos no quadro de uma investigação por associação criminosa terrorista, aberta em Paris.

Os dois detidos tinham um projeto de atentado para “os próximos dias em solo francês”, disse o ministro do Interior, Matthias Fekl, numa conferência de imprensa.

Buscas em Marselha permitiram encontrar “elementos para materializar o ataque” e estão em curso “operações de segurança”, adiantou.

Os dois homens eram “conhecidos devido à sua radicalização” e já estiveram presos por factos sem caráter terrorista, segundo uma fonte próxima da investigação.

Tudo está a ser feito para garantir a segurança deste grande evento para a nossa República” que é a eleição presidencial, assegurou o ministro, assinalando “um risco terrorista que continua a ser maior que nunca”.

Mais de 50 mil polícias, apoiados pelos militares da operação Sentinela, serão mobilizados para garantir a segurança das eleições no domingo, nomeadamente nos 67 mil locais de voto.

A França tem sido particularmente visada por atentados terroristas, fazendo parte dos países que intervêm na Síria contra o Estado Islâmico. Os dois últimos ataques visaram militares, embora sem os matar, no museu do Louvre e no aeroporto de Orly, em Paris.

Cinco projetos de atentados foram descobertos desde o início do ano, enquanto o ano passado o seu número foi de 17, disse em março o anterior ministro do Interior, Bernard Cazeneuve.

Instaurado após os atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris, que causaram 130 mortos, o estado de emergência tem vindo a ser prolongado e está em vigor até ao verão, tendo em conta as presidenciais e as legislativas em junho.

// Lusa

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