Detido homem de 55 anos suspeito de atear fogo em Castelo Branco

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Ricardo Graça / Lusa

Um homem de 55 anos foi detido pela PJ, em colaboração com a GNR, por suspeitas de incêndio florestal, ateado este sábado na zona de Castelo Branco.

A Polícia Judiciária, em colaboração com a GNR, deteve um homem suspeito de atear um incêndio em Castelo Branco, o distrito que está a ser mais afetado por incêndios este fim-de-semana. Num comunicado enviado às redações, a PJ revela que o homem de 55 anos foi detido pela presumível prática de um crime de incêndio florestal na madrugada deste sábado.

“Por volta da 1h00 hora da madrugada, o suspeito, usando chama direta, colocou um foco de incêndio em zona florestal povoada com pinheiros e mato, dentro de uma vasta mancha florestal, que teria proporções mais gravosas caso não tivesse havido uma rápida intervenção dos bombeiros de Castelo Branco”, avança a PJ em comunicado.

De acordo com as autoridades, o suspeito “colocou em perigo a integridade física e a vida de pessoas, bem como habitações e a grande mancha florestal”.  O detido vai ser presente a primeiro interrogatório judicial, para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.

Fonte da GNR de Castelo Branco disse, contudo, ao Observador que a detenção nada tem a ver com os incêndios do concelho de Sertã, mas sim com um que deflagrou na manhã de sábado perto da cidade de Castelo Branco.

Os dois incêndios que atingiram o concelho da Sertã este sábado já foram dominados, segundo disse à Lusa a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). O fogo em Mosteiro de São Tiago, Várzea dos Cavaleiros, foi dado como dominado às 4h25 e o da Rolã 20 minutos depois. Ainda assim, esta manhã, em Mosteiro de São Tiago permaneciam 125 operacionais e 30 meios terrestres. Já em Rolã continuam no terreno 270 operacionais e 81 meios.

Já o incêndio em Vila de Rei, ainda no distrito de Castelo Branco, que durante a noite acabou por chegar ao concelho de Mação, no distrito de Santarém, é aquele que envolve mais elementos na luta às chamas, 789, apoiados no terreno por 237 meios. No total, mais de mil bombeiros combatem os incêndios de Vila de Rei, Sertã e Mação.

Os incêndios de Vila de Rei, Mação e Sertã fizeram já 20 feridos (oito bombeiros e 12 civis), segundo o balanço atualizado apresentado pelo governante na sede da Autoridade Nacional de Protecção Civil, em Carnaxide.

Destes 20 feridos, apenas um se encontra em estado grave. Trata-se de um civil vítima de queimaduras que está internado no Hospital de São José, em Lisboa, sob prognóstico reservado, referiu Eduardo Cabrita.

Os comentários acerca de eventuais causas criminosas dos incêndios eram uma constante entre os moradores. O facto de terem surgido vários incêndios quase em simultâneo e a poucos quilómetros uns dos outros cria ainda mais desconfianças.

O Ministro falou em direto este domingo a sede ANEPC, em Carnaxide, onde fez um ponto de situação dos incêndios. O governante destacou a “estranheza” detetada por “autarcas e comandantes no local” sobre terem começado, “entre as 14h30 e 15h30, cinco incêndios numa zona muito próxima”.

ZAP //

3 Comments

  1. Acusem estas pessoas de terrorismo! E, se causarem mortes, homicídio. Vão ver que diminui o número de incêndios! Mesmo que não morra ninguém, destroem propriedade e a natureza (árvores, animais, ninhos, tocas). É aproveitar o facto de o governo ter declarado o estado de emergência climática!

    • Isso não vai mudar nada!!
      A maioria dos incendiários tem problemas psicológicos e não é por se chamar terrorismo ou outro nome qualquer que vai alterar o que vai naquelas cabeças – mas claro que tem que ser punidos e bem punidos (o nome do crime pouco ou nada importa)!

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