Detida espectadora que causou queda coletiva na primeira etapa do Tour

A espectadora que causou uma queda coletiva na primeira etapa da 108.ª Volta a França em bicicleta, e que estava a ser procurada desde sábado, foi detida esta quarta-feira em Landerneau, confirmou a procuradoria de Brest.

Na primeira etapa do Tour, disputada no sábado, a espectadora, que empunhava um cartaz para as câmaras de televisão, com a mensagem “Allez opi-omi”, uma mistura de francês e alemão que se pode traduzir como “Vamos avô e avó”, derrubou o alemão Tony Martin (Jumbo-Visma), que caiu desamparado no chão e foi atropelado por vários ciclistas, causando um ‘efeito dominó’ no pelotão.

Ainda no sábado, a organização da Volta a França anunciou que iria apresentar queixa contra a mulher na origem da queda ao quilómetro 46 da ligação entre Brest e Landerneau, que levou ao abandono imediato do alemão Jasha Sütterlin (DSM) e a várias mazelas entre os ciclistas envolvidos.

Vamos apresentar queixa contra essa senhora, que se comportou verdadeiramente mal. Esforçamo-nos para que o espetáculo da prova não seja estragado por comportamentos inadmissíveis de uma parte ínfima dos espetadores”, declarou então o diretor-adjunto do Tour, Pierre-Yves Thouault, à agência France-Presse.

No domingo, a polícia de Finistère anunciou a abertura de uma investigação criminal por “lesões involuntárias com uma incapacidade inferior a três meses, por manifesta violação deliberada de uma obrigação de segurança ou prudência” e lançou um apelo por informações que pudessem ajudar a encontrar a espectadora.

A mulher, alegadamente de origem alemã, pode ser condenada a pagar uma multa até 1.500 euros, uma sanção que poderá ser agravada caso Sütterlin decida apresentar queixa.

Nesta situação, e de acordo com o Código Penal francês, a espectadora poderá arriscar a condenação de um ano de prisão e uma multa de 15 mil euros.

A informação da detenção da espectadora foi avançada pelo rádio francesa RTL e posteriormente confirmada pela procuradoria de Brest a vários meios de comunicação franceses.

ZAP // Lusa

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