Ventura, caos, negociações: 5 desvantagens para o futuro do Chega

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António Pedro Santos / Lusa

André Ventura no Parlamento

“As pessoas topam o Ventura e sabem quem ele é, mas votaram nele na mesma. Porque preferiram isso aos outros”. Mas o que se segue?

O Chega atingiu o seu melhor resultado eleitoral de sempre. Ainda no seu curto percurso político, o partido liderado por André Ventura conseguiu para já 22,56% nas legislativas, com 58 deputados.

Depois de apurados os resultados dos votos dos emigrantes, arrisca-se a ser o maior partido da oposição, num desfecho que surpreende muitos portugueses – depois dos casos na Justiça, da falta de propostas, das mentiras/distorções, das reviravoltas, ou do nível de ofensas e insultos.

Apesar desses pontos, e apesar de muitos eleitores conhecerem muito bem André Ventura, mesmo assim escolheram o Chega.

Luís Pedro Nunes tem uma justificação: “As pessoas topam o Ventura e sabem quem ele é, mas votaram nele na mesma. Porque preferiram isso aos outros“.

Já os mais jovens têm outro motivo: “Os miúdos votaram no Ventura porque ele é cool“.

Na SIC Notícias, o comentador lembrou que ninguém tem capacidade de prever o futuro. “Não se consegue dizer que há a certeza de que André Ventura vai chegar ao poder“.

Luís lembrou os comentários sobre o Chega ser apenas um epifenómeno, que “nunca passaria dos 15%” dos votos em eleições.

O comentador não sabe o que vai acontecer, mas sabe que há cinco prováveis desvantagens para o futuro do Chega.

Efémero?

Primeiro, não se sabe se o partido vai dar um “salto para uma ‘orbanização’ do regime (referência a Viktor Orbán, na Hungria) e se torne um poder de Governo”; ou se acontece ao Chega o que aconteceu ao Vox, que desceu de 52 para 33 deputados nas eleições mais recentes em Espanha, com 12,4% dos votos. Ou seja, houve um ligeiro pico, mas ficou-se por aí.

Só há Ventura

Depois, Chega é André Ventura, deputado que tem vantagens por ser um “líder carismático”; mas é uma desvantagem “aquele partido só ter uma pessoa; para já só vejo pessoas com poucas capacidades de intervenção no espaço público”.

Falta foco

O seu crescimento nas eleições tem diversas causas, diversas origens. Os eleitores apresentam vários motivos para votarem no Chega. Mas, para Luís Pedro Nunes, isso também é uma desvantagem porque “não há um foco de ideologia que sustente o partido; a multicausalidade pode desvanecer-se de um dia para o outro”.

Negociações

Acabou o bipartidarismo – agora sim. O Chega deverá ser o segundo maior partido na Assembleia da República. “Mas este não é um partido com que se vá conseguir negociar. Não vamos estar à espera que se consiga negociar com o Chega na Assembleia da República, para o quer que seja. É um caos empoderado. Tudo o que seja ali colocado vai ser para retirar proveitos para uma futura campanha eleitoral”, avisou o analista político.

Maioria não vota Chega

E lembrou: 22,56% de quem foi votar escolheu o Chega; mas 77,44% não votaram no Chega. Apesar desta “onda” que se gerou, a grande maioria dos eleitores continua a preferir outros partidos. Em 2025, foi assim.

Luís finaliza ao dizer que “há aqui uma quantidade de imprevisibilidade” – que também está relacionada com eventuais novas polémicas à volta de Luís Montenegro, e com o futuro do PS.

ZAP //

4 Comments

  1. Mais um atrasado mental, quem é este?
    Não perceberam nada do que está a acontecer, nada…
    Sendo 10 800 000 de eleitores, posso afirmar que mais de 82% dos portugueses não votarram na AD/PS2….Análise de burros para ignorantes…

    • O Partido Chega consegue aumentar a sua votação não só graças aos votos dos Estrangeiros que estão a ser deslocados para Portugal desde 2012 sem qualquer critério ou justificação para votarem e substituir os votos em falta da Maioria Silenciosa dos Portugueses representados pela Abstenção (https://www.dn.pt/2647201781/brasileiros-em-portugal-mobilizam-se-para-eleicoes-legislativas/), mas também devido aos votos obtidos no Alentejo (onde tem muita força) e Algarve, zonas onde o Partido Socialista e o Partido Comunista Português tinham domínio o que demonstra que os votantes do PS e PCP estão a mudar o seu voto para o Partido Chega por conveniência, tendo em conta o enfraquecimento dos dois primeiros e dos quais dependem, mas isso também está a acontecer com os votantes do BE, L, IL, PAN, CDS, que também estão a mudar o seu sentido de voto para o Chega igualmente por conveniência.
      Resumindo, são os mesmos de sempre que agora se viram para outro lado, e a Maioria Silenciosa dos Portugueses refém deste regime e seus dependentes.

  2. ora vamos lá ver se entendem, para isso uso a frase da Angelina Merkel : “Politica é uma questão de Psicologia”. Pois, a Mentalizacao Socialista.
    O Povo começa a tirar a Venda dos Olhos que lhes colocaram no 25/4 e continuam Ano após Ano a enganar o Povo com Democracia. Naverdade temos um regime SOcialista com muitos deles com tiques Ditadores Tiranos, Donos disto tudo incluindo as pessoas, as pessoas não valem NADA, são meros bichos que são importantes para os Votos e para serem roubados com Impostos.
    Eis a verdade, e o CHEGA é o escape à corja instalada em toda a Administração, o Povo percebeu com o PS e PS2 estão no caminho errado.

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