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Desempregados têm nova plataforma de emprego

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foto: sxc

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O Banco de Inovação Social (BIS), promovido pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), lançou hoje o projecto UAW — United At Work, de criação de empresas e promoção de emprego entre jovens e seniores desempregados.

Com a duração de dois anos, o programa é financiado pela União Europeia em 850 mil euros e destina-se a jovens até aos 35 anos, desempregados e com qualificação superior e seniores entre os 55 e os 64 anos, também desempregados e com experiência profissional.

Uma das condições do programa, que se assume como “promoção de empreendedorismo intergeracional”, é que jovens e seniores trabalhem em conjunto.

O objectivo é a criação e sustentabilidade de novas empresas e, simultaneamente, acelerar a aprendizagem entre as gerações.

O BIS vai promover nos próximos três meses um período de debate público e, a partir de Janeiro, os interessados podem candidatar-se ao programa.

“Lançamos um apelo aos jovens que, antes de emigrarem, olhem para isto”, disse a directora do BIS, Maria do Carmo Marques Pinto.

Afirmando que nunca foi lançado um projecto semelhante em Portugal, a responsável disse que o UAW oferece “as condições e os instrumentos” e que cabe aos jovens e seniores serem empreendedores.

Parceira neste projecto, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) fez-se representar na cerimónia de apresentação do UAW pelo presidente António Costa, para quem este projecto ajuda a enfrentar a “crise social que vivemos e, em particular, o desemprego”.

Referindo que a Europa é o continente mais envelhecido e que mais dificuldade tem em encontrar um futuro para as jovens gerações, o autarca frisou que este projecto tem o “paradoxo de encontrar boas respostas” para duas gerações diferentes.

António Costa disse ainda que a CML disponibiliza espaços de incubação para os projectos se desenvolverem.

Por seu lado, o provedor da SCML defendeu que se está “num tempo em que são importantes as start-up, o voluntarismo e a capacidade de ser determinante”.

Pedro Santana Lopes espera que, até final de 2015, este projecto tenha ajudado à criação de 600 a 800 postos de trabalho, mas frisou que “depende de capacidade de desenvolvimento” dos jovens e dos seniores.

“Não há super instituições”, disse o provedor, admitindo que a SCML e a CML possam desenvolver novas parcerias no futuro porque “os tempos exigem outros projectos e instituições como a SCML e a CML têm de desenvolver mais”.

“Os grandes projectos têm de ser em partilha, em rede”, defendeu.

Além da CML, são também parceiros a Fundação Calouste Gulbenkian, Beta-i, Inatel, ACIDI, ISCTE e Instituto de Emprego e Formação Profissional, entre outros.

/Lusa

1 Comment

  1. E continua o sistema de eleição de descriminação em relação a idade. Os que tem entre 35 e 55 podem continuar no desemprego, pois não tem direito a “merda nenhuma”. Quando será que os que estão entre os 35 e os 55 terão os mesmos direitos que os restantes cidadãos? São estes considerados os novos cidadãos de segunda, para não falar em terceira categoria? Não tem o mesmo direito que os restantes?
    Onde esta a igualdade de direitos para todos? Para que o resto do mundo saiba Portugal não existe direito de igualdade. E aqui esta mais uma prova de tal… Tal como nos Centros de Emprego espalhados por todo o pais, onde apenas podem ter acesso a formação os mesmos que possuem as idades acima mencionadas. Não deveriam tb impedir os cidadãos entre os 35 e os 55 anos de votar? E que apenas falta isso!!!!

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