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No primeiro dia de desconfinamento, 60% dos portugueses saíram à rua

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Sebastião Moreira / Lusa

Um relatório divulgado na terça-feira pela consultora Produtos e Serviços de Estatística (PSE) indica que 59,4% dos portugueses saíram no primeiro dia de desconfinamento.

Tendo em conta os dados divulgados, e feitas as contas, percebe-se que apenas 40,6% da população permaneceu em casa, um valor que não se verificava desde 18 de janeiro (40,9%), altura em que os estabelecimentos de ensino ainda estavam abertos.

O fecho das escolas fez com que o confinamento saltasse imediatamente para 55,6% no dia 25 janeiro e durante cinco semanas manteve-se entre os 48% e os 50%.

No entanto, os resultados da análise indicam que, esta segunda-feira, a mobilidade atingiu 84% do volume normal pré-covid.

“Se analisarmos a série do Índice de Mobilidade apenas às segundas-feiras, nos últimos dois meses, concluímos que houve um desconfinamento gradual”, pode ler-se no estudo. O relatório evidencia ainda um “aumento paulatino” de circulação nas últimas três semanas”.

De recordar que a maior redução da mobilidade foi registada a 25 de janeiro, quando baixou de 78% para 59%, como consequência do encerramento das escolas e das restrições impostas pelo confinamento que entrou em vigor no dia 15 de janeiro.

Já nas cinco segundas-feiras seguintes, a percentagem de circulação estabilizou em valores muito perto dos 70%, diz o Expresso.

Apesar do país estar a iniciar um processo de desconfinamento gradual, António Costa já referiu que caso começasse a haver um aumento dos números relacionados com a covid-19, poderia haver um retrocesso nas restrições.

O primeiro-ministro salientou esta segunda-feira que desconfinar não é sinónimo de sair e fazer tudo, advertindo que a pandemia ainda é grave e que, na Páscoa, mantém-se o dever geral de recolhimento.

ZAP //

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3 Comments

  1. Este governozeco já não tem mãos no assunto. O povo já não liga às regras que eles impõem. É um governo que está a perder toda a credibilidade.

  2. ZAP: “advertindo que a pandemia ainda é grave e que, na Páscoa, mantém-se o dever geral de recolhimento.” O dever de confinamento mantém-se ATÉ á Páscoa e não só na Páscoa!

    https://www.tsf.pt/portugal/sociedade/dever-geral-de-confinamento-mantem-se-ate-a-pascoa-e-depois-e-reavaliado-13447701.html

    https://www.tsf.pt/portugal/sociedade/dever-geral-de-confinamento-mantem-se-ate-a-pascoa-e-depois-e-reavaliado-13447701.html

    É que o significado da frase muda completamente e induz o leitor em erro, um erro que pode custar caro a muita gente (saúde pública).

    O que quero dizer com isto é que a notícia parece “dizer” que é “normal” o movimento anómalo de circulação da população, como se não houvesse um dever de confinamento. Ora esse dever mantém-se, embora exista muitas incongruências como a abertura de cabeleireiros e outras lojas (como me posso deslocar a estas lojas se devo permenecer em casa?).

    Só esse reparo porque a notícia não me parece clara nesse sentido. Obrigado ZAP

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