Deputados apanhados em grupo de pirataria de jornais e revistas

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Deputados do Chega, PSD e Iniciativa Liberal foram apanhados num grupo de pirataria dedicado à partilha ilegal de jornais e revistas.

Seis deputados da Assembleia da República foram apanhados num grupo de pirataria do Telegram que partilha ilegalmente conteúdo de jornais e revistas. O grupo “Jornais e Revistas (PT)” tem mais de 60 mil utilizadores nesta rede social.

A situação denunciada pelo semanário NOVO envolve Rita Matias, Bruno Nunes e Rui Afonso, do Chega; Mónica Quintela e Rui Vilar, do PSD; e Carla Castro, da Iniciativa Liberal.

Esta é já uma velha guerra da Gedipe – Associação para a Gestão de Direitos de Autor, Produtores e Editores, que levou o Telegram a tribunal, no ano passado.

A associação defende agora que os parlamentares em questão perdem “idoneidade” para continuar no cargo, além das consequências legais que os seus atos acarretam.

O NOVO contactou todos os deputados envolvidos, sendo que todos eles alegam terem sido adicionados ao grupo de pirataria sem o seu consentimento. Depois de confrontados pelo jornal, os parlamentares abandonaram o grupo.

O grupo “Jornais e Revistas (PT)” disponibiliza, de forma gratuita e na íntegra, os conteúdos de toda a imprensa disponível em versão digital. Expresso, Blitz, Público, Jornal de Notícias, Visão, Caras, Record, A Bola, Correio da Manhã, ou National Geographic são alguns dos conteúdos divulgados.

Em 2020, a entidade que representa os maiores grupos editoriais portugueses avançou com uma providência cautelar contra grupos de utilizadores do Telegram, incluindo o visado na reportagem do NOVO.

Já este ano, o diretor executivo da Visapress, Carlos Eugénio, que avançou com a providência cautelar, lamentou que a decisão judicial contra a Telegram ainda não teve efeitos práticos, já que não foi possível notificar a empresa.

A Visapress estima cerca de 23 milhões de euros de receitas potenciais perdidas por ano. “Acreditamos que a falta de noção relativamente à verba [perdida] é total. Mas a questão é sobretudo o impacto que a falta destas verbas tem na qualidade e escrutínio que deixa de ser efetuado”, explica Carlos Eugénio, citado pelo Jornal de Negócios.

ZAP //

8 Comments

  1. Afinal os senhores defensores do libralismo, e da propriedade individual (neste caso intelectual) são os primeiros a quebra-la?

    Hajam pessoas serias, qe vivam de acordo com o que “apregoam e defendem”
    Que gente …poxa………..!!

  2. Pirataria na AR ? Não estariam a investigar quantos roubos e assaltos por vezes fatais para as vítimas e que aumentam a olhos vistos neste país, mas que toda a AR ignora completamente e os governantes por sua vez afirmam que o crime está a diminuir neste país? Não duvido que estamos entregues em boas mãos, quer nos que governam, quer nos que dizem fazer oposição!

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