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Ameaçado de morte em 2018, deputado holandês retoma concurso de caricaturas do profeta Maomé

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Rijksoverheid / Phil Nijhuis / Wikimedia

Geert Wilders, líder da extrema-direita na Holanda

O político de extrema direita holandês Geert Wilders anunciou este domingo o que chamou de “o vencedor” de um concurso, criado por ele, de caricaturas do profeta Maomé.

O anúncio é feito cerca de um ano depois de o próprio Wilders, conhecido pelo discurso anti-islão, ter cancelado um concurso semelhante, no meio da indignação de muçulmanos e ameaças de morte.

A imagem que Wilders chamou de “vencedora” é um desenho escuro de um homem barbudo com a sobrancelha franzida, com um lenço preto na cabeça e camisa preta.

https://twitter.com/geertwilderspvv/status/1211141394309533697

“A liberdade de expressão deve prevalecer sobre a violência e as fátuas islâmicas”, disse Wilders, que dirige o maior partido da oposição no Parlamento holandês, citado pelo Deutsche Welle.

Em agosto de 2018, Wilders cancelou um concurso semelhante depois de a polícia holandesa ter detido um homem de 26 anos que o tinha ameaçado com a morte. O potencial assassino, um paquistanês, foi condenado a dez anos de prisão. Wilders vive desde então numa casa cercada por amplo aparato de segurança e tem direito a 24 horas por dia de proteção por parte do Estado holandês.

Wilders é um crítico aberto do islamismo como religião e já fez comentários controversos sobre o profeta Maomé. O político recebe regularmente ameaças de morte de radicais muçulmanos. O plano anterior de Wilder de realizar o concurso de caricaturas de Maomé já tinha provocado grandes manifestações em países de maioria muçulmana, incluindo o Paquistão.

Imagens do profeta Maomé são tradicionalmente proibidas no Islão e muitos muçulmanos consideram as caricaturas como altamente ofensivas e como blasfémia.

Em 2005, uma caricatura do profeta Maomé no jornal dinamarquês Jyllands-Posten provocou violentos protestos em todo o mundo islâmico. Foram feitas várias tentativas de assassinar o editor do jornal, assim como Kurt Westergaard, que fez a caricatuta.

Em 2015, terroristas mataram a tiro 12 pessoas na redação da revista satírica Charlie Hebdo, sediada em Paris, que publica frequentemente artigos e caricaturas a ironizar várias religiões, incluindo o islamismo.

ZAP //

2 Comments

  1. “Liberdade de expressão”, muito embora se trate de um direito fundamental, previsto na maioria das Constituições Democráticas, não pode ser confundida com desrespeito a fé, crença e religião. Os grandes patriarcas e mestres do passado, devem e merecem ser respeitados. A forma de vida da minoria, como os indios, a maneira de pensar e de viver, devem ser incentivados e cultivados, jamais ridicularizados ou reduzidos a discursos baixos de conteúdo discriminatório. Ja disse um grande sábio do passado “honre seu pai e sua mãe e ame seu proximo como a si mesmo”.

    • qual fé qual quê… cada um tem o direito de dizer o que acha!
      Eu acho que não existem deuses nem seres míticos. Até pode ter existido um maomé ou um jesus mas eram homens de carne e osso sem qualquer tipo de poder especial…
      a religião é uma falácia e esta é a minha opinião, não respeitar a minha opinião então é também uma falta de respeito!

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