Catarina Alves, ex-namorada do deputado Luís Monteiro, acusa-o de violência doméstica. O bloquista nega as acusações e diz que vai apresentar queixa no tribunal.
Luís Monteiro vai apresentar queixa contra a ex-namorada que o acusou de violência doméstica. “Apresentarei queixa, estou a preparar com a minha advogada os termos em que essa queixa será formulada”, avançou numa resposta enviada ao jornal Público.
O deputado do Bloco de Esquerda negou as acusações de que foi alvo nesta terça-feira e lembrou que o princípio da presunção da inocência deve ser relevado em prol da vítima, reclamando esse estatuto para si.
“É verdade que quase sempre a vítima é uma mulher, mas comigo não foi assim”, disse. O objeto da queixa ainda não é conhecido.
Na tarde desta terça-feira, Catarina Alves, ex-militante do Bloco, avançou com a denúncia no Twitter, referindo-se ao deputado como sendo o seu alegado agressor. “As lágrimas são só por não ter entrado na esquadra no dia em que fiquei à frente dela com o corpo marcado de cima a baixo, acabada de escapar de uma quase morte“, descreveu.
Já de madrugada, Luís Monteiro respondeu com uma nota, também publicada nas redes sociais, na qual desmentia alguma vez ter agredido Catarina Alves ou “qualquer mulher”.
Esta quarta-feira ao final da tarde, Francisco Pacheco, que terá tido uma relação entre agosto de 2018 e abril de 2020 com Catarina Alves, afirmou que foi “vítima de abuso físico e psicológico” e “alvo constante de chantagem emocional” por parte de Catarina Alves.
Francisco Pacheco afirma ainda, num comunicado divulgado no Twitter, que sabe “por testemunho direto da Catarina, bem como testemunho dos visados, que ela reproduziu estes comportamentos em relacionamentos prévios”.
Catarina Alves já tinha explicado ao diário que tem transtorno de personalidade borderline diagnosticado, que se caracteriza por oscilações de humor e impulsividade, ainda que tratado e acompanhado.
Bloco de Esquerda quebra silêncio
Horas depois do comunicado de Luís Monteiro, o Bloco de Esquerda quebrou o silêncio e, numa nota, o partido sublinhou que “mantém a mesma posição em todas as circunstâncias”: “a violência é inaceitável, as vítimas devem ser protegidas e o recurso à justiça é a forma de apurar factos e punir abusos”.
Fonte bloquista disse ao Público que Luís Monteiro vai manter-se como deputado no Parlamento e como candidato autárquico à Câmara de Gaia.