Depois do PCP, BE também boicota 25 de novembro: só leva uma deputada e quer fim da cerimónia

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José Sena Goulão / Lusa

Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda

Ao contrário do PCP, o partido leva uma deputada, mas não é favorável à comemoração da data: quer acabar com as celebrações “assim que existir uma maioria” de esquerda.

O Bloco de Esquerda anunciou esta quarta-feira que quer acabar com a cerimónia de celebração do 25 de novembro, evento que, segundo o partido, constitui uma “operação de desvalorização do 25 de Abril“, cita o Público.

O deputado do BE, Fabien Figueiredo, disse, ainda, em declarações aos jornalistas no Parlamento, que pretende apresentar uma proposta para acabar com a cerimónia “assim que existir uma maioria” de esquerda.

As declarações do Bloco surgem na mesma altura e que o Partido Comunista recusou participar na cerimónia, alegando que a introdução das celebrações é uma “ação provocatória”.

Como lembra o Observador, ao longo de vários anos, o CDS foi propondo uma comemoração do 25 de Novembro no Parlamento. No entanto, só este ano, com maioria de direita no Parlamento — com 50 deputados do Chega –, é que foi capaz de ver luz verde para a sessão solene do 25 de Novembro.

Também o Livre vai marcar presente na sessão, mas “opõe-se ao uso do 25 de Novembro como arma de arremesso político”, cita o Público. A deputada Filipa Pinto disse à TSF que comemorar o 25 de novembro “encosta” o PSD e o CDS “à extrema-direita” e “não faz sentido que a direita conservadora esteja a reclamar para si uma data com a qual nada teve a ver“.

A Associação 25 de abril também já rejeitou participar na cerimónia que, segundo o Público, considera que o evento “provoca uma enorme e clara deturpação dos acontecimentos vividos na caminhada para o cumprimento do programa do MFA [Movimento das Forças Armadas]”.

Ramalho Eanes, antigo Presidente da República e comandante operacional do 25 de Novembro, marcará presença no evento, de acordo com a Agência Lusa.

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1 Comment

  1. Graças ao 25 de Novembro, não somos uma Cuba na Europa ou qualquer outra exemplar ditadura comunista…

    Graças ao 25 de Novembro, o maravilhoso projecto de substituir uma ditadura por outra (cortesia do MFA) foi parado a tempo.

    Graças ao 25 de Novembro, temos democracia e graças a Ramalho Eanes, Jaime Neves e muitos outros patriotas que não se deixaram subjugar, temos hoje a verdadeira liberdade. Sem isto, teriamos passado de uma ditadura para outra, apenas mudando de um lado para o outro, da direita para a esquerda.

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