Depois de o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa ter declarado a Groundforce insolvente, a empresa de handling vê-se com uma incerteza em mãos.
Esta semana, o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa decretou a insolvência da Groundforce, depois de a TAP ter feito um requerimento nesse sentido, no dia 10 de maio.
Agora, a grande dúvida é se os credores, nomeadamente a TAP e a ANA, estão disponíveis para aprovar um plano de reestruturação.
Segundo o Expresso, se não houver um plano de reestruturação e de viabilização aprovado, a Groundforce arrisca-se a perder as licenças, um aviso que já foi deixado pelo presidente da ANAC, regulador do setor.
Em entrevista ao semanário, Luís Ribeiro alertou que, se não for preparado um plano de reestruturação, o regulador retirará de imediato as licenças. Sem elas, a Groundforce não pode operar.
Se tal vier mesmo a acontecer, a ANA terá de prestar os serviços através da sua Portway e terá de ser contratada por um prazo de seis meses uma empresa de handling, numa adjudicação direta.
A assembleia-geral de credores está marcada para 22 de setembro.
Na quarta-feira, o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) esclareceu que a insolvência da Groundforce é uma “solução transitória”, que não cessa os contratos de trabalho, e adiantou que os salários vão ser pagos.
Alfredo Casimiro, maior acionista (50,1%) da Groundforce, questionou a insolvência e chegou até a apelidá-la de “atentado político”.