Direção executiva do SNS demite-se

2

António Pedro Santos / Lusa

O diretor-executivo do SNS, Fernando Araújo

Foi uma decisão “difícil”. Fernando Araújo e toda a sua equipa dispensam a indemnização salarial. Relatório terá criado divergência.

O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) anunciou nesta terça-feira que vai apresentar a demissão, em conjunto com a sua equipa.

A decisão é apresentada à ministra da Saúde, alegando que não quer ser obstáculo ao Governo nas políticas e nas medidas que considere necessárias.

“Respeitando o princípio da lealdade institucional, irei apresentar à senhora Ministra da Saúde, em conjunto com a equipa que dirijo, o pedido de demissão do cargo de diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde”, adiantou Fernando Araújo em comunicado.

Fernando Araújo salienta que a direção executiva do SNS é um “órgão técnico, um instituto público do Estado, que tem de estar acima de questões políticas ou agendas partidárias, e que executa políticas públicas determinadas pelo Governo”.

Fernando Araújo e toda a sua equipa dispensam a indemnização salarial a que têm direito.

Numa primeira reunião com a nova ministra da Saúde, houve abertura para a direção executiva se manter no cargo, mas o caminho será mesmo a saída.

E há uma parte do comunicado que sugere que houve divergência com a nova ministra, Ana Paula Martins: a ministra “exigiu” um relatório da atividade da direção executiva.

A direção executiva do SNS soube da necessidade desse relatório por email, quando a comunicação social também soube.

O relatório vai ser entregue – mas Fernando Araújo quer que a demissão seja aceite logo no dia seguinte.

“Não nos furtamos a apresentar o documento solicitado, que já começamos a elaborar, até porque pensamos que se trata não apenas de uma responsabilidade, como de um dever, expor os resultados do trabalho efetuado, para que possa ser escrutinado, algo salutar na vida pública”, continua o comunicado.

Segundo referiu, esta “difícil decisão” de se demitir permitirá que a nova tutela possa “executar as políticas e as medidas que considere necessárias, com a celeridade exigida, evitando que a atual DE-SNS possa ser considerada um obstáculo à sua concretização”.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. Lucinda, quem escaqueirou isto tudo foi o teu PS. A criação desta CE-SNS pelo PS foi uma forma de se esquivarem à responsabilidades se continuassem (des)governo.

    Editar – 

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.