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David Justino diz que PSD é “mulher-a-dias do regime” e equaciona saída de Rio

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ppdpsd / Flickr

David Justino, vice-presidente do PSD

O vice-presidente do PSD, David Justino, diz que os sociais-democratas são a “mulher-a-dias do regime” e até equacionou a possível saída de Rui Rio antes das autárquicas.

Em entrevista ao Público e à Renascença, o vice-presidente do PSD, David Justino, criticou a relação dos sociais-democratas com o Governo e admitiu a saída de Rui Rio antes do próximo congresso. “Depende do cansaço, da vontade, do empenho, de muita coisa”, explicou. Na eventualidade de isso acontecer, Justino garante que sai com ele.

Aliás, o sociólogo até realçou que a continuidade de Rui Rio “não depende” só dos resultados das autárquicas. E, embora admita essa possibilidade, não confirma um possível regresso de Pedro Passos Coelho.

“Nunca ouvi da parte do dr. Passos Coelho qualquer sinal ou intenção de se poder constituir como alternativa à atual liderança”, atirou. “Nestas coisas tem que haver transparência e lealdade e nem uma coisa nem outra eu reconheço em algumas das pessoas que estão a promover este tipo de fantasmas”.

David Justino disse ainda que o PSD é há muitos anos “uma espécie de mulher-a-dias do regime” e que, “quando a sala está suja”, vem o PSD limpá-la. O partido não pode ser “a muleta do regime”, defende o político.

Questionado se o diálogo entre o PS e o PSD está ferido de morte devido às trocas de acusações, o vice-presidente social-democrata admitiu que “está muito moribundo”. Com o argumento de que “a vingança serve-se mais fria”, David Justino sublinhou que o PSD terá a oportunidade de responder aos ataques de António Costa.

“Os casamentos que se anunciam à esquerda são casamentos muito complicados. As noivas exigem um dote muito elevado. E quem vai pagar o dote somos nós e eu não gosto de pagar dotes deste tipo de casamentos. Nem são uniões de facto, são ajuntamentos por conveniência. E sendo ajuntamentos por conveniência a única lógica que ali está presente é preservar o poder”, disse na entrevista publicada esta quinta-feira.

Confrontado com o chamado “congresso das direitas”, que decorre na próxima semana, disse ter “algumas reservas em relação a estas soluções frentistas”.

“O debate ideológico não tem acontecido tanto quanto eu entendo que seria necessário à direita”, reconheceu o vice-presidente do PSD.

Na ótica de David Justino, o que o congresso está a fazer é “reconhecer o Chega como uma força política importante”, embora considere que “o Chega é um deputado”.

ZAP //

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