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Portugal atingiu “ponto de equilíbrio” da curva epidemiológica

Miguel A. Lopes / Lusa

A diretora-geral de Saúde, Graça Freitas

A diretora-geral de Saúde disse esta quinta-feira que Portugal se encontra no ponto de equilíbrio da curva epidemiológica da covid-19, alertando, contudo, que quando as medidas de contenção forem aligeiradas, a curva tenderá a subir.

“Em Portugal, temos algumas regiões acima do R1 e noutras regiões esse indicador está abaixo desse registo. De uma forma geral, o território português está no ponto de equilíbrio”, explicou Graça Freitas na conferência diária desta quinta-feira.

A responsável máxima da Direção-Geral da Saúde (DGS) referia-se ao potencial de contágio (R0), uma métrica que exprime o número de pessoas que cada doente infeta. Trata-se de um indicador utilizado para calcular quantas pessoas é que um infetado poderá contagiar – na prática, o R0 mede a velocidade de propagação de um determinado vírus.

Estamos a tentar diminuir o R e aplanar a curva mas existem outros critérios para além do R para determinar a evolução da curva, vai depender de como o sistema vai responder”, continuou, relembrando que “não existe um número mágico”.

“O R é um dos critérios, [mas] não é o único critério. Não há um número mágico. A Noruega adotou um R de 0,7 para ter ainda uma margem de 0,3 até chegar ao 1, partindo do princípio que, quando retirar certas medidas, vai haver um aumento deste dito R”.

“Quanto maior o R, obviamente maior a capacidade de a curva subir e exponencialmente”.

Graça Freitas disse também que o levantamento de restrições depende de três fatores, recordando ainda que quando que as medidas forem aligeiradas, a curva epidemiológica tenderá a subir. “Descomprimir ou não as medidas depende da curva epidemiológica, de como evolui, da capacidade do sistema ter folga e aguentar”, elencou.

“Sabemos que quando descomprimirmos as medidas, a curva sobe (…) Temos que conjugar a situação sanitária com o panorama económico, não é fácil conjugar”.

ZAP // Lusa

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