Os investigadores que realizaram buscas ao gabinete de Mário Centeno durante a manhã de quinta-feira querem saber se o ministro das Finanças terá favorecido o filho do presidente do Benfica a troco de bilhetes para os jogos.
O Correio da Manhã avança que as buscas do Ministério Público ao gabinete de Luís Filipe Vieira estão relacionadas com uma investigação em curso sobre a suspeita de que Centeno terá beneficiado um filho de Luís Filipe Vieira num processo de isenção de IMI.
O inquérito, confirmou a Procuradora-Geral da República, “não tem constituídos arguidos e está em segredo de justiça”.
No entanto, a Sábado escreve que o Ministério Púbico está a investigar se Luís Filipe Vieira, presidente do SL Benfica, apenas meteu uma “cunha” para apressar um processo de isenção de IMI relativo a uma empresa do filho ou se o caso pode envolver crimes.
No início do ano já tinha sido noticiado que o Ministério Público estava a averiguar se a “cunha” metida pelo ministro das Finanças contribuiu de alguma forma para a isenção de IMI dada pela Câmara de Lisboa a Tiago Vieira, filho do presidente do clube da Luz.
É esta situação que estará agora em causa. Um email do filho do presidente do Benfica, Tiago Vieira, para o pai, Luís Filipe Vieira, levantou a suspeita de que o ministério das Finanças poderia ter influenciado a isenção de IMI num empreendimento da Realitatis – Investimentos Imobiliários S.A – que tem a filha do líder encarnado como presidente.
Buscas no Ministério das Finanças não foram no gabinete de Mário Centeno
A Procuradoria-Geral da República esclareceu, entretanto, que, apesar de terem sido feitas buscas no Ministério das Finanças, estas não se destinavam em particular ao gabinete do ministro, deixando por esclarecer o alvo das buscas.
“Esclarece-se, igualmente, que as buscas foram no Ministério das Finanças, não no gabinete de trabalho do Ministro”, escreveu, segundo o JN, a porta-voz da Procuradoria, Sandra Duarte, depois de indicar que a realização daquela diligência decorreu no âmbito de um inquérito do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.
O JN perguntara à PGR se confirmava a informação, avançada esta tarde por vários órgãos de comunicação social, de que as buscas foram ordenadas com vista a esclarecer se o ministro Mário Centeno teve intervenção num processo de atribuição de isenção de IMI a um prédio, em Lisboa, que fora reabilitado por uma empresa administrada por dois filhos do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira.
No entanto, e apesar das notícias naquele sentido, a Procuradoria recusou-se a esclarecer, ainda que genericamente, o objeto do inquérito que deu origem às buscas.
Deixem o homem em paz.
Hummmm… Mas será que os nossos políticos só sabem mesmo roubar? Até o Sem Tino?