“Com este Governo, a culpa dos problemas do país ainda vai ser de Salazar”

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Luís Forra / Lusa

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro

Problemas acumulam-se na saúde, na educação e na habitação. Nesta fase “a culpa já não é de Passos Coelho”.

Os problemas na Saúde em Portugal não abrandam. Na semana passada o ministério teve uma reunião com sindicatos – novamente sem acordo.

Também na semana passada, numa entrevista na CNN Portugal, o ministro Manuel Pizarro alegou que os problemas na Saúde actuais são resultado de questões que começaram há 40 anos.

Nos anos de 80 e 90, as faculdades de medicina estavam praticamente fechadas e estamos a sofrer as consequências dessas políticas”, justificou.

Para Luís Rosa, redactor-principal do jornal Observador, Pizarro está a seguir uma “estratégia conjuntural” do Governo.

“Já tínhamos percebido há algumas semanas, quando o ministro da Educação (João Costa) começou a culpar os anos 80 e os anos 90 pela falta de professores nas escolas em 2023”.

Ou seja, culpa os Governos da Aliança Democrática, do bloco central, de Cavaco Silva e de António Guterres – “que até tinha a educação como paixão”.

“E agora temos Manuel Pizarro a culpar os anos 80 e os anos 90 pelos problemas nas urgências”.

Os anos 80 são culpados pela falta de médicos, pela falta de professores, pela habitação… Este é o novo mantra do Governo, para esconder a sua própria incompetência“, continuou o comentador.

Luís Rosa recordou que António Costa é primeiro-ministro há praticamente 8 anos e deverá chegar ao recorde de 10 anos consecutivos na liderança do Governo.

E, mesmo assim, “não consegue resolver problemas da sociedade portuguesa. Todos os problemas que o Governo não consegue resolver há 8 anos passaram a ser problemas estruturais com décadas”.

A culpa já não é de Passos Coelho. A culpa está nos anos 80 e 90 mas nós vamos chegar a Salazar, quando cumprirmos os 50 anos do 25 de Abril. A culpa vai passar a ser de Salazar por problemas que o Governo não consegue resolver em 2023″, finalizou.

Anselmo Crespo, no mesmo programa, disse que, mais do que não conseguir resolver problemas, o Governo não sabe como resolvê-los. “Admite o encerramento de algumas urgências e, depois, quando lhe perguntam qual é o plano, responde ‘Vamos testar’. É assustador olhar para um ministro que vai testar. Pode ser que corra bem. Não há plano, não há ideia”.

ZAP //

4 Comments

  1. Bem ……….ao recuar ao tempo da “Velha Senhora”. Salazar também tinha os cofres do Estado cheios e o Povo de pés descalços , en que muitos só calçavam umas botas para ir para a Tropa ! . Mais uns passos , e talvez precisaremos da sopa do Sidónio !. Este “governo” se assim o podemos considerar , sedento de Impostos , com o alibi de tudo e mais alguma coisa , ainda teria alguma credibilidade se as essenciais estruturas Sociais ao serviço do Contribuinte funcionassem eficazmente , o que não é o caso , longe disso ! . Agora basta saber onde acaba todo este pacote de Impostos diretos e indiretos !

  2. E de lamentar a injustiça praticada pelo PS, está sempre contra aqueles que trabalham e são da classe media – jamais será alta mas sim baixa e através dos impostos e taxas, os da classe media vão para á pobreza.
    É inadmissível que pessoas que nunca trabalharam vivem da mendicidade e conseguem casa da camara, refeições grátis , agua e luz praticamente gratis e ainda o Rendimento Mínimo e como não são muito bons da cabeça ainda recebem um outro suplemento o que no final perfaz mais/menos 580€/mensais.
    Ora temos muitos reformados que trabalharam 30/40 anos e mais – trabalharam p/ o país e não recebem este valor, nem têm as ajudas mencionadas. Isto é democracia/justiça ??
    Vamos todos adotar o mesmo sistema e ninguém trabalhar já que temos mais benesses do quem trabalha…

  3. A destruição do trabalho, da economia, e do Estado, assim como o sub-desenvolvimento, degradação, e caos, na sociedade Portuguesa e aparelho Estatal, foram provocados pelo XIXº Governo liderado pelo ex-Primeiro-Ministro, Pedro Coelho; os Governos do Sr.º Primeiro-Ministro, António Costa, limitam-se a dar seguimento à mesma agenda e respectivas más políticas.

  4. A esquerda esqueceu-se de governar Portugal. Em vez disso, governa-se a si própria! E a culpa é… do tuga que continua a votar neles!

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