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Cuba legaliza Wi-Fi privado e importa routers

As autoridades cubanas deram luz verde esta quarta-feira para a criação de redes privadas com ou sem fios, como é o caso do Wi-Fi, para a transmissão de dados.

De acordo com a Europa Press, que avança a notícia esta quinta-feira, Cuba autorizou também a importação de equipamentos como routers para que a população possa navegar na Internet nas suas casas e empresas. Até então, as redes privadas eram proibidas.

O Ministério das Comunicações  de Cuba (Mincom) publicou duas resoluções, nas quais aponta que o principal objetivo passa por otimizar o espectro radio-elétrico e evitar a saturação, interferência ou degradação nos serviços públicos prestados pelo país.

O Mincom estabeleceu as resoluções 98 e 99 para a organização e legalização de comunidades interconectadas com ou sem fios, bem como para a conexão remota de pessoas singulares à rede Etecsa, escreve o jornal local Cubadebate.

De acordo com o Governo, a nova regulamentação será lançada a 29 de julho, visando promover uma melhor conectividade na ilha para desenvolver a informatização numa das nações mais desconectadas de todo o mundo.

“Este é um passo para contribuir para a informatização da sociedade (…), para aumentar os canais de comunicação entre as pessoas e o acesso dos cidadãos às novas tecnologias”, disse Wilfredo López, Diretor de Regulamentação do Ministério das Comunicações, citado pela agência noticiosa.

O espectro radio-elétrico é composto por um conjunto de frequências essenciais para o desenvolvimento de sistemas de radiocomunicações que integrem redes nacionais e internacionais de telecomunicações. Com base nos regulamentos da União Internacional de Telecomunicações, estabelece-se que cada país deve planear, regular, administrar e gerir este espaço de forma controlada para o correto funcionamento dos serviços.

A nova medida cubana autoriza a operação de redes de dados privadas externas para pessoas singulares, que podem utilizá-las nas frequências da faixa de 2400 MHz a 2483,5 MHz, e da faixa de 5725 MHz a 5850 MHz.

Os regulamentos agora divulgados estabelecem que os utilizadores com redes pessoais dentro das suas casas não precisam de uma autorização – licença de operação -, desde que o uso da rede não seja para fins lucrativos e não exceda a potência definida. Desta forma, pessoas singulares vão poder passar a conectar-se via Wi-Fi fazendo um pedido junto da operadora pública Etecsa.

Tal como recorda a agência Reuters, Cuba está muito atrás de todos os outros países no que respeita ao acesso à Internet. A falta de dinheiro, o embargo comercial com os Estados Unidos e as preocupações com o fluxo de informação são algumas das justificações para este enorme atraso tecnológico.

Até 2013, a Internet estava apenas amplamente disponível ao público em hotéis turísticos da ilha. Entretanto, o Governo definiu a conectividade como uma das prioridades do país, introduzindo pontos de Wi-Fi ao ar livro e Internet Móvel.

ZAP //

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