Igor Girkin anunciou que quer ser presidente – mas dificilmente chegará às eleições de 2024. Zelenskyy é candidato na Ucrânia, se houver eleições durante a guerra.
Igor Girkin está detido, foi condenado a prisão perpétua, mas anunciou que é candidato a presidente da Rússia. As eleições serão no próximo ano.
O ex-comandante da Rússia é um crítico do Kremlin; está detido desde Julho, acusado de extremismo e por ter feitos comentários contra o presidente Vladimir Putin – um presidente “demasiado simpático” – e outros líderes russos.
“Não vou ceder aos desejos dos meus amigos em detrimento da economia russa”, afirmou o ex-comandante.
Ainda não foi condenado mas pode ser alvo de uma pena de prisão até cinco anos.
E, noutro contexto, foi condenado a prisão perpétua, nos Países Baixos (mesmo não estando presente no tribunal), por ter abatido um avião em 2014. Nessa fase, Girkin liderava em Donetsk os rebeldes pró-Rússia apoiados pelo Kremlin, contra a Ucrânia.
Agora é concorrente de Putin: “Considero-me mais competente em assuntos militares do que o actual presidente e certamente mais competente do que o ministro da Defesa (Sergei Shoigu)”.
“Não sou tão gentil (como Putin), algo que posso colocar em prática. O actual presidente tem muitos amigos bilionários aos quais não pode negar nada”, apontou.
Igor Girkin precisa de assinaturas de, pelo menos, 500 eleitores russos para ser candidato – mas mesmo assim…
No início desta semana, surgiu a notícia de que o Kremlin já fez a lista das pessoas que se podem candidatar às eleições presidenciais do próximo ano.
Só quem está controlado pelo Governo de Moscovo deverá ser candidato. Entre os “espantalhos” estão apenas representantes do Partido Comunista, do Partido Democrata-Liberal e do Novo Povo.
Não deverá haver espaço para independentes – e, sobretudo, para pessoas que criticam o Governo.
Zelenskyy: “Não vos abandono”
Na Ucrânia também deveria haver eleições presidenciais em 2024. Mas, devido à guerra, não é certo que se realizem.
Volodymyr Zelesnkyy será candidato se as eleições avançarem: “Não abandono o meu país. Não deixo simplesmente que o país seja destruído e o povo posto em causa. Não tenho medo de nada”, tinha dito o presidente da Ucrânia em entrevista à RTP.