Autarca de Pedrógão Grande critica “péssima investigação” sobre reconstrução de casas

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Rui Miguel Pedrosa / Lusa

O presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves.

O presidente da Câmara de Pedrógão Grande acusou o Ministério Público e a Polícia Judiciária de terem feito uma “péssima investigação” no processo sobre a reconstrução das casas, cujo julgamento se iniciou esta segunda-feira.

“[As acusações] não são fundamentadas. Foi uma péssima investigação feita pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária. Aliás, o tribunal vai ter ocasião de observar isso. Mantenho que não houve irregularidades”, disse Valdemar Alves, antes do início da sessão do julgamento, que decorreu hoje no Auditório Municipal de Pombal, devido ao número elevado de participantes no contexto da pandemia da covid-19.

Sublinhando que se mantém de “consciência tranquila”, o autarca lamentou que “as pessoas que ficaram sem as suas casas estejam agora aqui como arguidas”.

O início do julgamento do processo sobre a reconstrução das casas de Pedrógão Grande que arderam no incêndio de 2017 começa esta segunda-feira no Auditório Municipal de Pombal, após pedido de prorrogação de prazo por parte da defesa.

O julgamento realiza-se em Pombal, no distrito de Leiria, tendo em conta o número de arguidos e respetivos defensores e não seria possível garantir o distanciamento entre todos na sala principal do Tribunal Judicial de Leiria.

No processo estão acusadas 28 pessoas, das quais três pediram a abertura de instrução.

Em março, a juíza de Instrução do Tribunal de Leiria deliberou levar a julgamento o presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, acusado de vários crimes no processo de reconstrução das casas.

Além de Valdemar Alves, também pediram a abertura da instrução o ex-vereador Bruno Gomes e o construtor civil João Paiva. Todos vão ser julgados em tribunal coletivo.

Valdemar Alves e Bruno Gomes vão responder por 20 crimes de prevaricação de titular de cargo político, 20 crimes de falsificação de documento e 20 crimes de burla qualificada, os mesmos crimes de que estavam indiciados na acusação do Ministério Público (MP).

Já João Paiva está acusado de um crime de burla qualificada e outro de falsificação de documentos.

// Lusa

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