Alternativa é a palavra de ordem e CDS é “a alternativa ao Governo”. Na moção que leva ao congresso, Assunção Cristas diz que o voto é cada vez mais livre e que por isso o CDS vai sozinho a eleições.
“Um passo à frente“, é o lema que Assunção Cristas irá levar ao Congresso do próximo fim de semana, em Lamego, numa moção de estratégia global que vai levar a votos, na qual apresenta o CDS como o partido “que representa a alternativa ao Governo das esquerdas unidas”.
Com o PSD de Rui Rio a aproximar-se do PS, o CDS vai afirmar-se como o único partido da “alternativa”: o que tem “o melhor programa e os melhores protagonistas“. Na moção, Cristas não apresenta propostas concretas, argumentando que as linhas programáticas que apresentou há dois anos “continuam válidas”.
Segundo o Observador, Assunção Cristas defende que o “voto é cada vez mais livre” e que, por isso, o CDS deve “disputar as eleições europeias e as legislativas em listas próprias”, dando assim a contribuição ao país para que tenha “alternativa às esquerdas unidas“, sem PSD e sem Rui Rio.
“Em 2019 ganha quem conseguir reunir um apoio parlamentar de 116 deputados”. Ou seja, CDS e PSD devem conseguir, individualmente, o maior número de votos possível para, juntos, conseguirem mais votos do que os partidos da esquerda, explica o jornal.
Cristas defende ainda que o CDS deve ambicionar ser “a primeira escolha dos portugueses”, dando o máximo contributo para que a direita atinja os tais 116 deputados. “Sabemos como o caminho é difícil, mas isso não nos demove, antes entusiasma”, afirma.
Ao longo das 16 páginas da moção, Assunção Cristas faz um balanço do que foram os últimos anos do CDS sob a sua liderança, reiterando que, em dois anos, o partido recebeu mais quatro mil novos militantes e “só no último mês se juntaram cerca de 400”, por exemplo.
Além disso, sublinha o facto de o CDS ter estado “sozinho” na moção de censura contra o Governo das esquerdas e de ter “liderado” a oposição. “O CDS apresentou uma moção de censura ao Governo, liderando claramente a oposição a um Governo que não consegue lidar com as falhas imensas do Estado”, insiste.
Cristas diz que é na oposição, com ideias, que se prepara a governação, para as executar, e sobre a eutanásia, o CDS é e continua a ser contra.
“Alguns perguntaram se nos incomodou ficarmos sozinhos nessa moção – de resto votada favoravelmente também pelo PSD. Não nos incomodou, porque entendemos que tínhamos a razão e os portugueses do nosso lado, e porque ter um caminho próprio, com autonomia, não calculista, é natural e positivo”, defende Cristas.
Anda aos ziguezagues esta direita com rumo incerto.
A alternativa a um governo de gatunos é outro igual ou pior.
“voto é cada vez mais livre”… Sendo verdade (a afirmação terá sido publicada no Observador, po isso, vale o que vale) demonstra, masi uma vez, que a direita ainda não percebeu o que é democracia. “voto é cada vez mais livre”? Desde o 25 de Abril que é TOTALMENTE LIVRE! Se ao menos tivesse dito algo como: “o povo português (?) cada vez mais se divorcia da política, da democracia e da liberdade, (ao não ir votar) estaria a dizer uma grande verdade e demonstraria que estava atenta à realidade do nosso país. Mas, como sempre, este CDS (assim como o PSD) preferem viver numa realidade alternativa…
Nota: se há coisa que adoro (não adoro nada!) é quando ouço (ou leio) um político (a) a dizer que os “portugueses sabem”, “os portugueses do nosso lado” e coisas do género (seja qual fôr a cor política desse (a) politico. Continuam convencidos (ou querem convencer-nos disso) que ralmente sabem aquilo que os portugueses pensam e querem… A Lena d’ Água já dizia numa sua canção (com os Salada de Frutas): “Demagogia!… Feita à maneira!… É como queijo… numa ratoeira!” Só é enganado (a) quem quer!
A dias queria uma geringonça a direita…. Não se decide?