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Crise sísmica nos Açores deve durar mais alguns dias

A atividade sísmica na parte central da ilha de São Miguel mantém-se acima dos valores de referência, embora mostrando nas últimas horas uma tendência decrescente, anunciou hoje o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA).

Em comunicado, o SRPCBA refere que, segundo o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores, “nas últimas horas” se tem vindo a evidenciar uma tendência decrescente, apesar de a atividade sísmica continuar “acima dos valores de referência“.

“Desde as 23:47 de domingo foram registadas várias centenas de microssismos com epicentro entre as lagoas do Fogo e das Furnas, na sua maioria de magnitude inferior a 3 na escala de Richter”, explica o documento.

O SRPCBA salienta que foram sentidos, até ao momento, 29 eventos, o mais forte dos quais ocorreu às 06:18, com magnitude 3,1 na escala de Richter, que foi sentido com intensidade máxima de V na escala de Mercalli Modificada.

“O último evento sentido foi registado às 13:02, com magnitude 2,0 na escala de Richter, e intensidade III na escala de Mercalli Modificada em Ponta Garça”, acrescenta.

Tem sido na faixa entre Água de Pau e Povoação, a sul, e Rabo de Peixe e Fenais da Ajuda, a norte, que os eventos se têm feito sentir, sem registo de vitimas ou danos materiais reportados.

Sobre a atual crise sísmica “não é possível fazer previsões”, diz Teresa Ferreira, investigadora do CIVISA. “Há um ligeiro decréscimo da atividade, e não existem neste momento alterações ao nível dos sistemas vulcânicos da zona”, adianta ao Diário de Notícias.

O que se observa, diz, “é um padrão tectónico, em que estão a ocorrer fraturas nas rochas deste sistema de falhas”. Mas, afirma, “continuamos a monitorizar e a acompanhar a situação, nunca esquecendo que estamos numa região vulcânica ativa, e que temos de estar atentos a eventuais alterações nos sistemas vulcânicos“.

Para já não existe nenhum sinal nesse sentido e a intensidade dos sismos permanece baixa, o que implica que também não existe risco de tsunami.

ZAP // Lusa

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