Um tribunal esloveno sentenciou hoje a 58 meses de prisão Matjaz Skorjanc, o criador de uma vasta rede de computadores infectados com vírus ao serviço de piratas informáticos.
O ex-aluno de medicina, de 27 anos, foi considerado culpado pelo tribunal regional da cidade eslovena de Maribor de “criar um mal-intencionado programa de computadores para piratear sistemas de informação, auxiliando a prática de crimes e lavagem de dinheiro”.
O tribunal ordenou ainda que Matjaz Skorjanc proceda ao pagamento de uma multa de três mil euros e decretou a expropriação de um apartamento e de uma viatura comprados com o dinheiro da venda dos vírus informáticos a um grupo criminoso espanhol.
Tanto a acusação, que pedia uma pena de prisão de sete anos e meio, como a defesa já anunciaram que vão recorrer da sentença.
Detido em 2010, na sequência de uma operação conjunta entre a agência federal de investigação dos Estados Unidos (FBI) e as polícias de Espanha e Eslovénia, Skorjanc criou uma “botnet”, designação de uma rede de computadores infectados que podem ser controlados remotamente e usados para pirataria e outras operações.
O vírus “Mariposa Botnet”, criado por Skorjanc, permitia roubar dados de cartões de crédito, senhas de acesso online a contas bancárias e outras informações confidenciais e foi também usada para espalhar vírus.
O FBI estimou que o esquema criado por Skorjanc teria infectado, na altura em que este foi preso, oito a doze milhões de computadores em casas, universidades, bancos, empresas e agência governamentais em todo o mundo.
/Lusa