Em julho do ano passado, o Banco de Portugal (BdP) lançou uma série de recomendações “travão” à concessão de crédito a particulares, mas os bancos parecem não ter acatado a mensagem.
De acordo com o jornal Público, que avança os números nesta quarta-feira, o crédito à habitação concedido ao longo do último ano acelerou 19,1%, para 9,8 mil milhões de euros, em comparação com 2017, e o crédito ao consumo subiu 10,3%, para 4,7 mil milhões de euros, mais 10,3%.
O crédito para compra de casa atingiu o valor mais elevado desde 2010, mantendo um ritmo de crescimento que se verifica desde 2015. Na verdade, o impacto das recomendações do, que não são obrigatórias, embora sujeitas a justificação, não é visível.
Em junho, o mês anterior à entrada em vigor das recomendações do BdP, registou-se o maior volume de crédito concedido, a atingir quase mil milhões de euros. Os valores de crédito voltaram a disparar depois no último trimestre do ano, com dezembro a destacar-se, ao totalizar 903 milhões de euros, escreve o matutino.
Quanto ao crédito ao consumo, em dezembro, foram emprestados 396 milhões de euros. Em 2018, as novas operações de crédito ao consumo (carro, equipamentos, cartão de crédito) totalizaram 4,7 mil milhões de euros, mais 10,3% do que em 2017.
A este valor, nota o diário, é ainda preciso somar os empréstimos para outros fins (saúde, educação ou sem finalidade), que atingiram 1,823 mil milhões de euros.