João Gomes Cravinho rejeita “Iberolux” (e diz que “não há lugar para tanto dramatismo” sobre a NATO)

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Mário Cruz / Lusa

O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, rejeitou, em entrevista ao jornal espanhol El País, uma aliança estratégica entre Portugal e Espanha (Iberolux), mas defende a construção de uma Europa de defesa com vista ao reforço da NATO.

Em declarações ao diário espanhol, o ministro da Defesa português sublinhou que Portugal e Espanha já partilha 47 projetos de Cooperação Estruturada Permanente (PESCO) na área da Defesa.

Este mês, Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, avançou com a proposta de criar um “Iberolux” no espaço ibérico, em que toma como modelo o Benelux, espaço de cooperação entre Países Baixos, Bélgica e Luxemburgo. Questionado sobre esta proposta, João Gomes Cravinho considera que não haverá uma “fusão de interesses, mas sim espaço para uma convergência mais ampla.”

Em relação ao alerta do Presidente francês, Emmanuel Macron, que disse, em novembro, que a NATO está em “morte cerebral”, o ministro da Defesa diz não concordar com o chefe de Estado de França. “Claro que a Aliança enfrenta sérios desafios, mas não é a primeira nem a última vez. Não há lugar para tanto dramatismo sobre a NATO. Há trabalho por fazer e trabalho que tem que ver com a consolidação da identidade europeia de Defesa. Mas isso deve ser visto com normalidade”, sustentou, citado pelo El País.

Já sobre a posição do Presidente norte-americano, Donald Trump, que insiste que a Europa deve contribuir mais para a NATO, João Gomes Cravinho reconhece que Portugal não está ainda em condições de avançar com uma data para começar a investir 2% do PIB na defesa, à semelhança de outros países. “Mas estamos a trabalhar nessa direção e assumimos ao compromisso de chegar a 1,66% do PIB em 2024”, acrescenta.

ZAP //

 

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