O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, justificou a decisão de expulsar dez funcionários com acreditação diplomática junto da missão da Rússia em Lisboa pelo facto de o seu trabalho colocar em causa os interesses da segurança nacional.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, disse esta quarta-feira, em Bruxelas, que a expulsão de 10 funcionários da missão diplomática da embaixada russa em Lisboa foi “a decisão adequada”, dado desenvolverem atividades “contrárias à segurança nacional”.
“São funcionários com acreditação diplomática junto da missão russa em Lisboa, são funcionários que estavam a trabalhar de uma forma que punha em causa interesses de segurança nacional e, portanto, naturalmente que tomámos a decisão adequada, que é dizer que tinham de sair do país”, afirmou, à chegada a uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO.
Questionado sobre se os funcionários em causa eram espiões, o chefe da diplomacia limitou-se a dizer que “estavam a desenvolver atividades contrárias à segurança nacional e que também eram contraditórias com o seu estatuto diplomático”, mas adiantou que já estavam anteriormente identificados.
“Estavam identificadas e decidimos que este era o momento certo para dizer que deveriam sair do país”, afirmou.
O ministro confirmou ainda que Portugal vai enviar “num futuro próximo” material de guerra, quer “defensivo”, quer “ofensivo”, para a Ucrânia.
“Portugal tem vindo a apoiar a Ucrânia e já enviou mais de 60 a 70 toneladas de material de guerra”, referiu, acrescentando que agora serão enviadas “munições e armas”.
Questionado sobre a possibilidade de a Finlândia e a Suécia se juntarem à NATO, o ministro garantiu que Portugal nunca será um “obstáculo”.
ZAP // Lusa