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Covid-19: Twitter retira vídeo e mensagens de Trump por serem “falsas”

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Stefani Reynolds / EPA

O Twitter retirou na segunda-feira à noite um vídeo publicado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por considerar que divulgava informações falsas sobre o coronavírus que provoca a covid-19, confirmou aquela rede social.

“Os tweets que acompanham o vídeo violam a nossa política de combate à desinformação sobre a covid-19”, disse um porta-voz da rede social.

O vídeo, que mostrava um grupo de médicos fazendo declarações sobre o novo coronavírus, nomeadamente que as máscaras não são necessárias para travar a doença, já tinha sido removido pelo Facebook na segunda-feira à noite, como avançou um porta-voz da rede social. “Retirámos este vídeo porque partilhava informações falsas sobre curas e tratamentos para a covid-19”, explicou.

Segundo o jornal The Washington Post, o vídeo foi visto por mais de 14 milhões de pessoas via Facebook.

Algumas horas depois, Donald Trump publicou no Twitter vários trechos do vídeo, divulgando-o aos seus 84,2 milhões de seguidores.

Segundo o jornal norte-americano, Trump manteve os excertos do vídeo no Twitter durante meia hora e partilhou 14 tweets defendendo o uso da hidroxicloroquina, um medicamento contra a malária que o Presidente já promoveu em diversas ocasiões, mas que vários estudos científicos mostraram ser ineficaz no tratamento da covid-19.

O Twitter é a principal plataforma de comunicação de Donald Trump, mas, nas últimas semanas, a rede tem sancionado vários dos seus tweets.

No dia 23 de Junho, o Twitter divulgou que um dos tweets do Presidente norte-americano ia deixar de estar visível por violar as regras da rede e constituir “comportamento inadequado”.

Umas semanas antes, a plataforma tinha assinalado como “enganosas” as propostas de Donald Tump sobre votação por correspondência nas presidenciais de Novembro e, numa outra ocasião, censurou um outro tweet de Trump sobre a violência durante as manifestações contra o racismo após a morte de um homem às mãos da polícia.

Numa mensagem em que pedia “desculpas pela violência”, o Presidente dos EUA afirmava que quem aproveitasse as manifestações para fazer pilhagens seria “de imediato” baleado.

Mais recentemente, o Twitter desactivou um vídeo de campanha partilhado pelo Presidente após uma notificação formal da banda Linkin Park, que contestou a utilização não autorizada de uma das suas músicas.

// Lusa

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