Duas pessoas do campo de refugiados rohingya em Cox’s Bazar, no Bangladesh, testaram positivo para a covid-19, estando agora em isolamento.
De acordo com o jornal Público, as autoridades do Bangladesh anunciaram, esta quinta-feira, que duas pessoas do campo de refugiados rohingya em Cox’s Bazar têm covid-19.
O responsável local de Saúde, Abu Toha Bhuiyan, disse que os dois refugiados estão em isolamento e que foram aplicadas medidas preventivas no campo de refugiados, estando a ser realizados testes.
A organização não-governamental Save the Children já veio a público lamentar esta situação, dizendo que “era apenas uma questão de tempo“.
“Com o registo dos primeiros casos confirmados em Cox’s Bazar, o alastramento ao campo parece agora inevitável, com um potencial de mortes inimaginável”, diz ainda a ONG, citada pelo mesmo jornal.
Em abril, as autoridades impuseram rígidas medidas de confinamento a este campo de refugiados como, por exemplo, a proibição da entrada dos funcionários das organizações humanitárias.
A limpeza étnica levada a cabo pelo Exército do Myanmar levou a que cerca de 738 mil rohingya se refugiassem no Bangladesh.
Nos últimos dias, as autoridades têm transferido rohingya, que estavam à deriva no mar há semanas, para a ilha desabitada de Bhasan Char, precisamente para prevenir o risco de contágio nos campos em Cox’s Bazar.