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Covid-19. OMS aconselhou Madagáscar a testar chá com alegados efeitos curativos

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Jude Morel, Seychelles News Agency / Wikimedia

A diretora regional da OMS África, Matshidiso Moeti

Esta quinta-feira, a diretora regional da OMS África disse que a organização aconselhou Madagáscar a avaliar cientificamente um chá com alegadas propriedades curativas da covid-19.

Numa conferência de imprensa sobre a evolução da covid-19 no continente africano, Matshidiso Moeti, diretora regional da OMS África, adiantou que a organização aconselhou Madagáscar a avaliar cientificamente um chá com alegadas propriedades curativas da covid-19.

A “Covid-Organics” é uma bebida feita a partir de artemísia, uma planta com eficácia comprovada no tratamento da malária, em Madagáscar. O Presidente  Andry Rajoelina elogiou as virtudes curativas e preventivas deste produto contra o novo coronavírus, que foi, inclusivamente, solicitado pela Guiné-Bissau, Guiné Equatorial e Níger.

A Organização Mundial da Saúde aconselhou os países a não adotarem produtos não testados e aconselhou Madagáscar a avaliar cientificamente o chá.

“Estamos a aconselhar o Governo de Madagáscar a avaliar este produto através de um ensaio clínico e estamos preparados para colaborar com eles”, disse a diretora regional da OMS, aconselhando os países a “não adotarem um produto que não tenha passado por testes clínicos de segurança e eficácia“.

Pico da pandemia dentro de 4 a 6 semanas

A diretora regional da OMS para a África afirmou que o pico da covid-19 no continente africano deverá acontecer dentro de quatro a seis semanas, mostrando-se esperançosa na recuperação da região após a pandemia.

“Olhando para a evolução da pandemia de covid-19 e especialmente agora que estamos a olhar para a propagação comunitária em alguns países, estimamos que a doença atingirá o seu pico dentro de quatro a seis semanas, se nada for feito”, referiu Matshidiso Moeti.

O número de mortos devido à covid-19 em África ultrapassou esta quinta-feira os dois mil (2.012), com mais de 51 mil casos da doença registados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

“Existem agora cerca de 50 mil casos confirmados e 2 mil perderam a vida em todo o continente africano e é incrivelmente importante que os países utilizem abordagens baseadas em dados e em evidências na resposta”, defendeu.

Sobre o alívio de algumas medidas de confinamento que se registam em vários países, Matshidiso Moeti aconselhou prudência: “Não é uma questão em que simplesmente se passe de uma situação em que hoje tudo está fechado para amanhã estar tudo aberto”.

O desconfinamento “tem de ser gradual, com as partes mais essenciais da economia a serem abertas primeiro”.

Questionada sobre África pós Covid-19, Moeti começou por esclarecer que não pretende ignorar “a severidade e gravidade da situação”.

“Se nada for feito vai ser grave. O impacto económico já começa a sentir-se. Mas também vejo muitos países a tomarem medidas e a fazerem grandes investimentos para que o impacto não seja tão devastador”, disse. E sublinhou: “Tenho uma grande fé na resiliência do povo africano e confio na generosidade e solidariedade internacionais para ajudar” o continente.

ZAP // Lusa

1 Comment

  1. Será um plagio do conselho dado por o nosso Secretario de Estado da Saúde ????………já se sabe que não é com “Cházinho e bolos” que se resolvem problemas desta envergadura !

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