As cerimónias fúnebres foram hoje proibidas em Espanha, o segundo país mais afetado pela covid-19 no mundo, e os funerais não podem ter mais do que três pessoas presentes, para impedir a propagação da pandemia de covid-19.
“A celebração de cultos religiosos ou cerimónias fúnebres civis é adiada até ao final do estado de alerta”, que prevê o isolamento geral da população, pelo menos até 11 de abril, explicita o decreto-lei publicado hoje, citado pela agência France-Presse.
O diploma também prevê que apenas três familiares da pessoa que morreu possam participar em enterros ou cremações, respeitando “sempre uma distância mínima de um a dois metros entres eles”.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 750 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 36 mil. Dos casos de infeção, pelo menos 148.500 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 413 mil infetados e mais de 26.500 mortos, é aquele onde se regista atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 11.591 mortos em 101.739 casos confirmados até hoje.
Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 7.340, entre 85.195 casos de infeção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos são o que tem maior número de infetados (143.055).
A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.470 casos (mais de 75 mil recuperados) e regista 3.304 mortes. A China anunciou hoje 31 novos casos, dos quais 30 oriundos do exterior, e mais quatro mortes, numa altura em que o país suspendeu temporariamente a entrada no país de cidadãos estrangeiros, incluindo residentes.
Os países mais afetados a seguir a Itália, Espanha e China são a França, com 3.024 mortes (44.450 casos), o Irão, com 2.757 mortes reportadas até hoje (41.495 casos), e os EUA com 2.514 mortes (143.055 casos).
Segundo o Centro para a Prevenção e Controlo de Doenças (CDC) da União Africana, com base nos dados mais recentes, já morreram pelo menos 152 pessoas e 4.871 pessoas ficaram infetadas pelo novo coronavírus em África.
// Lusa