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Costa pede estabilidade e diz que “a política é como o futebol, em equipa que ganha não se deve mexer”

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Manuel de Almeida / Lusa

O primeiro-ministro, António Costa, durante a cerimónia de assinatura do contrato de investimento do Governo português com a Repsol

O primeiro-ministro, António Costa, destacou esta quarta-feira a importância da estabilidade económica e financeira do país na atração de investimento estrangeiro e frisou, em Sines, a necessidade de dar continuidade às políticas que a têm permitido.

Numa altura em que está em causa a viabilidade da aprovação do Orçamento do Estado de 2022, na Assembleia da República, o primeiro-ministro aproveitou os resultados conseguidos no investimento direto estrangeiro para sublinhar que a estabilidade deve ser assegurada.

António Costa falava em Sines após assinatura do contrato de investimento entre a Repsol e o Governo, que prevê incentivos fiscais de até 63 milhões de euros para um projeto de 657 milhões de euros, apontado com “o maior investimento industrial da última década”.

“É absolutamente fundamental Portugal continuar a ser um país seguro, mas também um país, como disse o ministro da Economia, que seja previsível na sua trajetória económica e na sua estabilidade financeira”, afirmou o primeiro-ministro.

A título de exemplo, António Costa lembrou que “foi possível virar a página da austeridade com contas certas” e destacou a “notável resiliência das empresas e, em particular, do emprego” na capacidade do país para enfrentar a crise.

Nesse sentido, destacou a importância de dar continuidade às políticas de investimento desenvolvidas na última década e que permitiram, com a assinatura do contrato de investimento com a Repsol, “ultrapassar o recorde de investimento direto estrangeiro que tínhamos alcançado em 2019”.

“Isto significa que temos boas condições para dar continuidade às políticas que têm produzido bons resultados. Como se diz no futebol, em equipa que ganha, não se mexe. Em política podemos dizer que em políticas que ganham, também convém não mexer. Há que dar continuidade e essa continuidade implica necessariamente estabilidade, para que possamos, passo a passo, continuar a construir o futuro”, apontou o chefe do Governo.

Antes, e tal como mencionado inicialmente por Costa, também já o ministro de Estado, da Economia e Transição Digital, Pedro Siza Vieira, tinha vincado a importância da estabilidade oferecida pelo país na sua capacidade de atrair investimento estrangeiro.

“Este movimento de atração do investimento estrangeiro é crítico para o nosso futuro. Porque para conseguirmos assegurar o continuado esforço de atração desse investimento temos, seguramente, de oferecer aos investidores aquilo que mais valorizam”, assinalou o ministro.

E aquilo que os investidores mais valorizam, segundo Siza Vieira, é “não apenas a qualidade dos nossos recursos humanos e a localização geográfica, mas também a estabilidade política e fiscal” que o país tem conseguido assegurar “ao longo da última década”.

“A estabilidade política, a estabilidade legislativa, a estabilidade fiscal, aquilo que dá previsibilidade aos agentes económicos no momento em que tomam as suas decisões de investimento. E tem sido importante verificar como essa estabilidade, a capacidade de o país ter uma trajetória responsável no plano das finanças públicas, tem permitido, cada vez mais, aumentar este volume de investimento estrangeiro”, assinalou Pedro Siza Vieira.

O contrato assinado hoje entre a empresa e o Governo, no Complexo Industrial de Sines, vai permitir à Repsol investir na construção de duas fábricas de polímeros, cada uma com uma capacidade de 300 mil toneladas por ano, com produtos 100% recicláveis.

De acordo com a empresa, as tecnologias das duas fábricas, cuja conclusão está prevista para 2025, “garantem máxima eficiência energética, são líderes de mercado e as primeiras do género a serem instaladas na Península Ibérica”.

A Repsol prevê que, na fase de construção, o projeto empregue uma média de 550 pessoas, atingindo um pico de mais de mil postos de trabalho. Prevê igualmente “o aumento líquido de postos de trabalho” de “cerca de 75 empregos diretos e 300 indiretos”.

O presidente da Repsol, António Brufau, recordou que a multinacional espanhola, nos últimos 17 anos, investiu 1750 milhões de euros em Portugal e referiu que as duas novas fábricas, que são as primeiras do género na Península Ibérica, vão “tornar o complexo de Sines um dos mais avançados da Europa”, cita o Público.

ZAP // Lusa

 

4 Comments

  1. E que equipa é que ganha?!!!!!!!! Só se estiverem a ganhar por fora… Espero que não sejam como os anteriores do mesmo partido!

    • O Costa, conhecido por Sr. Adicional, está a ganhar bem de certeza.
      Se até o padeiro, que nem padeiro era e que só tinha um 12º ano miserável, foi nomeado especialista da protecção civil, com um vencimento de mais de 3.500€, imaginem o ilusionista do Costa.
      Quem sai aos seus não degenera e o Costa aprendeu bem com o seu antigo patrão, o famoso 44.
      Os únicos que não ganham são os portugueses trabalhadores, que entre taxas, taxinhas e adicionais já nem dinheiro para casa e carro conseguem ter.

    • Com o adicional do ISP está a ganhar bem de certeza, e nem tem vergonha de mentir descaradamente.
      Quem perde são os portugueses, mas este incompetente e espalha-misérias não se chateia nada com isso, e muitos portugueses parece que também não!

  2. Comparar responsabilidade Politica ao Futebol, estamos falados !…..Ele está de Saída e sabe-o !….o que vier a seguir talvez melhor não seja, mas como se costuma dizer “M….a por M….a, ao menos muda-se de M….a” !….porque Políticos Integres e honestos não Há !….e se os há não se querem sujar neste lamaçal !

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