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Costa cede às socialistas e está a preparar Governo com 50% de mulheres

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Manuel de Almeida / Lusa

O secretário-geral do PS, António Costa.

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), António Costa.

António Costa está fechado em copas quanto à constituição do novo Governo, cuja tomada de posse já devia ter ocorrido, nesta quarta-feira, não fosse a polémica com os votos dos emigrantes. Mas, entre especulações, surge agora a ideia de que o líder socialista vai constituir “um Executivo com 50% de mulheres”.

Esta ideia é divulgada pelo Correio da Manhã (CM) que apurou que António Costa pretende constituir um Governo que respeite a paridade entre homens e mulheres. Assim, deverá ser “um Executivo com 50% de homens e 50% de mulheres“, avança o jornal.

A confirmar-se esta ideia será uma espécie de cedência do primeiro-ministro à direcção do departamento de mulheres socialistas que lhe tinha enviado uma moção a pedir um Governo com paridade de género.

No Governo que cessa funções, havia apenas oito mulheres num Executivo de 18 ministros.

António Costa já prometeu que vai ter um Governo “mais curto e mais enxuto”, mas nunca revelou se ia convidar mais mulheres para a sua equipa de trabalho.

O que é certo é que já há duas mulheres que estão de saída do actual elenco governativo, designadamente Francisca Van Dunem e Graça Fonseca que vão deixar as pastas da Justiça e da Cultura. A primeira já disse que não vai continuar no Governo e a segunda não deverá ser convidada para continuar.

Por outro lado, Mariana Vieira da Silva, actual ministra da Presidência, é um dos nomes que surge como certo no futuro Governo de Costa e até pode manter as mesmas funções.

Ana Catarina Mendes, actual líder parlamentar socialista, é apontada como hipótese para ser a próxima Ministra da Defesa, o que, a confirmar-se, seria a primeira mulher nesta pasta num Governo de Portugal.

A cientista e professora catedrática Elvira Fortunato tem sido apontada como uma possibilidade para o ministério da Educação e do Ensino Superior, a par de Sampaio da Nóvoa.

Alexandra Leitão pode trocar a pasta da Modernização do Estado e da Administração Pública pela da Justiça, onde sucederia a Van Dunem.

As continuidades de Marta Temido (Saúde) e de Ana Mendes Godinho (Trabalho e Segurança Social) são uma incógnita nesta altura, enquanto que Maria do Céu Antunes deverá deixar a pasta da Agricultura.

A outra ministra do actual Governo é Ana Abrunhosa, cujo ministério, o da Coesão Territorial, poderá acabar extinto, sendo integrado num super-ministério. Portanto, o seu futuro no Executivo também é incerto.

A tomada de posse do futuro Governo está marcada para 29 de Março depois de o Tribunal Constitucional ter ordenado a repetição da votação dos emigrantes do círculo da Europa.

ZAP //

5 Comments

  1. Muito bem, as competências ficam para segundo plano, o que interessa é ter paridade ponto fundamental para governar um país.
    Já restava poucas duvidas quanto a qualidade da nossa classe política, agora até pode ser que mude quanto mais não seja no aspeto físico. e assim vai Portugal marcando passo.

    • Quando se fala de governação são tantos os homens que já provaram ser incompetentes que me admiro que não queira tentar as mulheres. Sabe, elas esforçaram-se muito mais para subir a pirâmide do mérito, tiveram que competir com homens e mostrarem que são melhores e mais competentes do que eles. Também está provado que as mulheres governantes são menos corruptas e mais focadas no serviço público.

  2. Ele equeceu-se de dar paridade de scordo com a côr do cabelo . . . . . e com a raça . . . .e com a côr dos olhos . . . . e já agora, por que não, de acordo com a côr política! E os anões? não terão direito, não?

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